terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Capítulo 113

Carolina abriu a porta e me encarou com cuidado e um sorriso brincando em seus lábios. Olhou Kauan a meu lado e nos deu espaço para entrar. 


- Não esperava a sua visita, pensei que fosse me ligar antes.
- Eu não queria combinar que viria porque poderia perder a vontade até ao dia, assim vim e já não posso voltar atrás.
- Fico muito feliz, muito mesmo. Vocês já almoçaram? - negámos - Vou colocar mais dois pratos na mesa, o Leandro deve chegar daqui a pouco.
- Tudo bem. - concordei e me sentei no sofá observando a casa.
- É o seu namorado Cecília? - indagou olhando Kauan que sorriu de canto.
- Ele é o Kauan, meu... - o olhei sem saber o que falar.
- Namorado.- se pronunciou. - Muito prazer D. Carolina.
- Sem o dona, só Carolina ou Carol. - deu de ombros.


Ficámos em silêncio olhando uns para os outros. Eu tinha algumas perguntas que precisavam de resposta e ao mesmo tempo eu não queria fazer nada daquilo. Kauan apertou a minha mão e encarei Carolina que nos olhava esperançosa.


- Como vão as coisas com seu pai e a gravidez da Maria Clara?
- Você não vê as notícias sempre? Não precisa perguntar, mas vão bem. - ela perdeu o sorriso sabendo que não seria fácil - Por falar nisso, os gémeos mexeram a primeira vez no mês passado.
- Sério? É maravilhoso sentir isso...
- Você jura que é maravilhoso? Porque mesmo assim me abandonou. - a encarei séria e ela suspirou desviando o olhar.
- Eu te falei que não queria ser mãe, e mesmo te sentindo dentro de mim, não foi o suficiente para eu mudar de ideia.
- O que mudou, eu não consigo entender, alguém que não queria ser mãe, que abandonou a filha, mais tarde é mãe e adora isso. Não entendo, pra mim não faz sentido.
- Eu me arrependi do que fiz com você, engravidar novamente foi uma segunda chance.


Ouvimos um choro baixinho e alguém a chamar por "mamã", Carolina pediu licença e saiu atrás de Juan. Kauan me olhou sério e suspirei fundo.


- Pega leve Ceci, ela está tentando ter uma relação razoável com você.
- Eu tento mas sinto muita raiva ainda Kauan.
- Eu sei, mas isso passa. - beijou meu rosto -Você gosta da ideia de ter outro irmão?
- Ele não é meu irmão.
- Me desculpa princesita mas ele é seu irmão você querendo ou não. - riu fraco - E além do mais ele não tem culpa de nada.
- Eu sei, mas não consigo ter algum sentimento bom por estas pessoas.
- Isso vai mudar.


Carolina voltou com Juan no colo que nos olhava tímido se escondendo no pescoço da mãe. O observei, ele era lindo e tinha os olhos claros que nem os meus. Aos poucos ele foi se virando ficando de frente pra gente.


- Oi. - falou baixinho e ri.
- Oi pequenino. - Kauan cumprimentou e me cutucou.
- Oi.
- Moça munita mamãe. - ri sem graça.
- É a Cecília meu amor, lembra da mamãe falar dela pra você?
- Lembo, é a mana né? - Carol assentiu e olhei Kauan que sorria para mim.


Leandro logo apareceu e ficou admirado com a minha presença e com a de Kauan, não sei se foi impressão minha mas ele o olhou com cara feia. Até parecia o meu pai, quer dizer, o Luan. Nos sentámos e Carolina nos serviu.


- O que seu pai acha de você namorar? - Leandro perguntou e tive vontade de o mandar para aquele lugar.
- Ele não disse nada.
- Ele não disse nada porque você não contou né? - Carolina indagou segurando um sorriso - Assim como ele não sabe que você fuma, como não sabe que você está aqui e que me procurou.
- E você não tem nada a ver com isso. - sorri cínica.
- Só não continues a ser mais fraca que o vício, você disse que a culpa de você fumar é minha mas não me parece que seja totalmente minha, você cedeu a isso porque quis, ninguém te obrigou.
- Você não tem muito o que falar.- falei rude.
- Por acaso tenho, eu sou maior de idade, assumo as minhas responsabilidades, você não.
- Eu não sou viciada.
- Claro que não, você só está batendo a perna freneticamente e respirando fundo por nervosismo né? - falou irónica. - Só desejo que o teu pai descubra logo.
- Você só me deseja o mal. - a encarei.
- Mal? Se o Luan souber só será para o teu bem, não podes continuar assim e eu como tua mãe... - ia protestar mas ela continuou falando mais alto - Sim eu sou sua mãe, mesmo que não seja no papel, como estava dizendo, eu como tua mãe tenho o dever de te tirar desse vício, por isso, ou você pára ou o Luan irá saber.
- Ou você cala a boca ou nunca mais me verá. - ameacei de volta.
- Não me importo, ao menos saberei que você parou do que continuar te vendo e sabendo que você está se matando aos poucos.
- Eu não vim aqui para isso.
- Tem razão. - Leandro falou e revirei os olhos - Só queremos o seu bem mesmo que você não acredite nisso.
- Ela acredita, apenas está magoada mas tudo vai passar. - Kauan falou por mim e o fuzilei.
- Tomara. - Carol sorriu pequeno - Eu espero mesmo que você me veja como alguém com quem pode conversar. Mas se for preciso ir aos poucos iremos.
- Você não tem intenções de me tirar do Luan e da Ma de novo né?
- Não, entendemos que eles é que são seus pais no papel e na vida, eles que te criaram e educaram, não podemos interferir nisso, além do mais o Luan te ama como filha, sempre te amou assim. Até pensei que fosse encantamento por você, ele só tinha 24 anos e tomou uma decisão pra vida, mas sempre que via notícias e tal sabia que isso não era bem assim, ele realmente sabia o que estava fazendo.
- Posso dizer que aprendi com ele a ser um pouco do pai que sou hoje. - Leandro confessou e tive vontade de sorrir de orgulho pelo Luan. - Cecília, vamos tentar dar uma trégua, você nos conhece e a gente te conhece. Não te obrigamos a nada, você que decide tudo.
- Eu gostaria que isso acontecesse sim. - revelei e eles sorriram aliviados.


Engatamos em outros assuntos banais e até que estava sendo bom conversar com eles. Kauan parecia bem á vontade e só quando Leandro avisou que teria de voltar ao trabalho a gente foi embora. Acho que estava conseguindo lidar com essa mágoa que eu sentia por eles. Carolina me pediu um abraço mas acho que era cedo para isso. Leandro nos ofereceu carona mas preferi um táxi. Cheguei em casa e mamãe estava na sala cochilando enquanto passava um programa qualquer na TV.


(...)


Henrique não falava mais comigo, estava sendo péssimo estar assim com ele. Sempre que o olhava nas aulas ele desviava o olhar e ficava com uma carranca. Decidi mandar um papel para ele, eu queria resolver as coisas. Sem que a professora visse atirei e assim que Henrique o recebeu me olhou feio mas leu. Fiquei esperando a resposta mas nada dela chegar.


- Henrique. - o chamei baixo - Me responde. - pedi assim que ele olhou.
- Algum problema menina Cecília?
- Hãn, não professora, nada não.
- Acho bem, continuando... - Henrique escreveu qualquer coisa e me atirou, mas foi com tanta força que acabou caindo no chão e me levantei para o apanhar. - Cecília porque está de pé? Já é a segunda vez que interrompe a aula.
- Desculpe professora.
- Nada de desculpas, vai agora pra fora da sala. - fiquei embasbacada a olhando. - Saia, não me ouviu?
- Mas professora, não volta a se repetir. Não foi por mal.
- Hoje não estou com paciência Cecília, ainda por cima vindo de você, a melhor aluna, deveria estar atenta, mas eu tenho consideração pelo seu pai e não a mando para a coordenação por isso, mas vá apanhar um pouco de ar, daqui a 15 minutos esteja de volta.
- Tudo bem, me desculpe mesmo. - saí cabisbaixa e Henrique me chamou.
- Menino Henrique também quer ir? - a professora falou irritada.
- Só queria falar com a Ceci, mas falo depois.
- Depois não, vai com ela lá fora, também precisa apanhar um pouco de ar, parece que está dormindo na aula. - ele se levantou a contra gosto e alguns engraçadinhos da sala começaram a zoar.


Naquela hora Kauan deveria estar em aula ou talvez não. Saí rumo á parte de trás e fui parada pela mão de Henrique segurando meu braço. Me virei e ele me olhava atento.


- O que você queria falar comigo?
- Eu não quero continuar brigada com você.
- Eu também não, mas você não dá motivos para o contrário.
- Eu sei, mas as coisas vão se resolver, apenas fica do meu lado. - pedi e ele assentiu me puxando para um abraço.




- Onde você estava indo? - me perguntou.
- Para o fundo, aquele jardim que a gente foi daquela vez.
- Posso ir com você? - assenti e puxei-o para lá. 


Assim que chegámos dei de caras com Ashley saindo de lá e me olhando com um sorriso cínico. Henrique a olhou feio e ela nem falou nada. No banquinho de sempre estava Kauan fumando e assim que me viu ficou surpreso e ao mesmo tempo sorriu.


- Faltando mocinha? - me sentei em seu colo e o beijei.
- Não, 15 minutos para apanhar ar segundo as palavras da professora. - dei de ombros e peguei no cigarro dele o tragando. 
- Vocês dois? - apontou para Henrique.
- É, a gente estava importunando a aula. - ri e Kauan me olhou com algum contentamento.
- Minha garota está ficando rebelde. - ri e ele beijou meu pescoço. Ficámos um pouco ali nos curtindo.
- Cecília temos de ir? - Henrique perguntou e só dei conta de que ele ainda permanecia ali quando ele falou, realmente estava sendo uma péssima amiga. Me despedi de Kauan e saí.


Henrique ia calado ao meu lado e me olhava vez ou outra. O olhei confusa e ele desviou. Estava achando estranho aquela reação e quando chegámos na porta da sala o parei.


- Que foi Rique?
- Eu não sabia que você fumava, só fiquei surpreso, só isso.
- Ah isso, já faz algum tempo. - dei de ombros.
- Achei que você fosse contra e não gostasse.
- Há coisas que nos mudam e no momento que eu estava não consegui dizer não para a oferta do Kauan, e é bom sabe? Me sinto bem mais relaxada, e quando é baseado fico super leve, esqueço de tudo.
- Baseado Cecília? Daqui a pouco você está se drogando. - falou com decepção.
- Não queira me dar lição de moral, não sou burra a esse ponto. 
- Eu não vou falar mais nada, não irá adiantar. - deu de ombros e abriu a porta entrando na sala.


As aulas terminaram por hoje finalmente. Encontrei Kauan no portão da escola que me convidou para passar a tarde com ele e alguns amigos, teria bebida, alguns jogos e música. Não vi problema e era sempre bom me divertir. Cheguei em casa e coloquei a minha mochila no sofá subindo rapidamente para me trocar.


- Porque trocou de roupa filha? A blusa do colégio estava suja?
- Não mamãe, eu vou sair hoje de tarde.
- Vai onde? - me indagou enquanto começávamos o almoço.
- Na casa de uma galerinha aí, vai ter música e jogos, vai ser legal.
- Que galerinha?
- Um menino lá da sala, o Henrique também vai. - decidi falar do Rique, a minha mãe confiava nele e sabendo que eu estava com ele a acalmava.
- Não vem tarde.
- Não mãe, pode ficar calma.


Terminei de comer e subi para escovar os dentes e terminar de me arrumar. Pedi ao seu Luís pra me levar e como o bairro da casa do amigo do Kauan era sossegado não houve nada que me denunciasse. Kauan me esperava na porta e me levou para dentro imediatamente. Só aí reparei que o salão estava cheio de galera, não pensava que as pessoas faziam festas de dia mas fazem e não se ficam por menos.


- Você bebe?
- Nunca bebi Kauan, então vou passar.
- Ótimo dia pra você experimentar. Vai, só uma, você já teve algumas primeiras vezes comigo, essa será mais uma, vá lá. - piscou o olho e assenti o vendo me servir de vodka com refri. - E aí é bom?
- Até que é, bem gostoso. - tomei mais um gole e ele me puxou pela cintura colando nossos lábios.
- Concordo, bem gostoso mesmo. - riu e me levou para a pista, ele tirou um baseado do bolso e o acendeu o dividindo comigo enquanto dançávamos.


Alguém passou por nós e me empurrou, Kauan me amparou e quando olhei pra ver quem foi dei de caras com a Ashley. O que ela estava fazendo aqui? Olhei entediada para Kauan.


- Porque ela está aqui?
- Ela conhece o dono da festa. não sabia.
- Nossa, você está bebendo adotada? Nunca pensei que aquela garotinha certinha se tornasse nisso aí, bebendo, fumando, se pegando com o Kaká, estou gostando de ver, acho que poderemos até ser amigas.
- Não obrigada.
- Não sabe o que perde, mas eu sei que com o tempo iremos ser sim. - riu e saiu dali. Senti Kauan se colar atrás de mim e beijar meu pescoço.
- Relaxa, a gente estava tão bem Ceci. Não estávamos? - assenti e me virei para ele. - Tenho uma proposta para te fazer.
- "Eu, você, dois filhos e um cachorro". - ri me lembrando da música do meu pai e ele me acompanhou.
- Bobinha, não é isso, mas o que vem a seguir talvez se encaixe, "um edredão um filme bom no frio de agosto" , mas sem o frio e sem o filme. - me sussurrou mordendo o lóbulo da minha orelha.- E aí, cê topa? Amanhã à noite vai rolar uma festinha na casa de um parça meu, vamos? Vai ser legal.
- Meus pais não vão deixar eu sair de noite Kauan.
- Lembra do que te falei quando fumámos o baseado na sua casa? Se ninguém souber não é proibido. Eu te pego em sua casa.
- E se a minha mãe vai no meu quarto e não me vê? Ela está grávida Kauan, meu pai me matava se soubesse que eu fugi e minha mãe ficou preocupada.
- Ela não saberá, grávida dorme demais, você só tem de se arrumar e se deitar fingindo estar dormindo até ela ir te ver, aí você sai e me encontra na rua, eu estarei te esperando.
- Combinado, espero que valha a pena.
- Você nem faz ideia de como valerá, ai Cecília você vai amar. - sorriu sacana e mordeu meu lábio me puxando para um beijo.



Clara On: 


Cecília estava saindo muito, e sempre dizia que ia pra casa de algum amiguinho, no começo eu até acreditei mas já estava desconfiando. Lucas estava brincando no sofá e deixou algo cair. Era a mochila de Ceci, que se abriu espalhando os seus materiais pelo chão.


- Eita Luquinhas deu ruim. - brinquei e ele me olhou com uma cara de quem tinha feito besteira.
- Foi sem querer mamãe.
- Sua irmã é uma desmiolada, esquece a mochila aqui, com a pressa de se arrumar. Ajuda a mamãe a guardar tudo.
- Deixa que eu arrumo, fica sentadinha mamãe.
- Tá bom mini Luan. - ele riu e começou guardando tudo, o celular tocou e vi que era Luan. - Oi meu amor.
- Olá gatinha, tudo certo?
- Tudo, e por aí?
- Também, como estão meus filhotes?
- Bem, Cecília foi para uma festinha na casa de um amiguinho com o Henrique.
- Hum, espero que ela volte cedo. - ri e ele acabou rindo também.
- Não vai dar pra você vir pra cá antes do final do mês? Estou com saudade sua.
- Eu sei, também estou, você deseja que eu vá aí antes é? - questionou sapeca e uma coisa que Lucas pegou me chamou a atenção, era o perfume de Cecília que agora estava com a tampa quebrada por ter caído.
- É, eu desejo muito.
- Abre a porta. - falou naturalmente.
- Não brinca comigo Luan, fico ainda com mais saudade.
- Não estou brincando, abre a porta muié. - reforçou o sotaque e  me levantei indo até á porta.
- Se você não estiver atrás desta porta eu juro que desligo na sua cara.
- Vai desligar na mesma. - riu e assim que abri a porta o vi encostado no batente me olhando todo dengoso.
- Você está aqui. - sorri emocionada e o abracei forte. Ele segurava um pequeno ramo de rosas vermelhas e me beijou demoradamente.
- Papai? - Lucas chegou correndo e Luan me soltou pegando em Lucas no colo.
- Que saudade meu campeão.
- Muitas papai, que bom que o senhor chegou.
- Cheguei, só para dois dias e meio, mas melhor do que nada. O que vocês estavam fazendo de bom?
- Nada, apenas assistindo tv e arrumando a mochila da Cecília que caiu e espalhou tudo.
- É, e eu acho que quebrei o perfume dela.
- Por falar nisso. - divaguei e peguei na mochila e no perfume, eu lembro que ela o comprou no meio do ano passado e agora ele estava quase no final. Ela estava usando demais para o normal, até porque ela tinha outros. Procurei algo na mochila dela e não achei nada.
- O que você está procurando amor?
- Eu não entendo porque ela leva o perfume para a escola.
- Como assim, isso não é normal numa menina? - Luan perguntou confuso e ri fraco.
- Acho estranho, ela coloca aqui em casa só para passar a manhã na escola, não precisa de repor, até porque o perfume é bom e não necessita disso.
- Não estou entendendo onde você quer chegar.
- Uma pessoa só anda com perfume por uma razão, eu já tive a idade dela e algumas amigas minhas também levavam o perfume, e eu mais tarde fazia o mesmo quando queria esconder o cheiro dos meus pais, também usava em excesso.
- Cheiro? De quê?
- Eu vou tirar a prova. - subi as escadas e Luan veio atrás de mim.


Vasculhei as últimas roupas da Cecília que estavam no banheiro para lavar e cheirei sentindo o cheiro. Não sei se queria acreditar naquilo ou não. Luan me olhava e lhe dei a blusa dela para ele cheirar no local onde senti mais, ele ficou em alerta.


- Ela não pode ter feito isso. - negava constantemente - Não pode mesmo.
- Eu espero que realmente ela não tenha feito. - desci as escadas e fui para a lavandaria procurar outras roupas dela que não tinham sido lavadas. Todas elas tinham cheiro de tabaco disfarçado com perfume. - Luan eu não acredito nisto, ela está fumando. - constei com dificuldade.
- Eu vou matar ela. - ele passou as mãos no rosto e no cabelo freneticamente, o nervosismo era evidente. A campainha soou e voltámos pra sala. Henrique estava ali o que me fez admirar.
- Aconteceu algo com a Cecília? - indaguei tentando controlar as lágrimas que molhavam meus olhos.
- Não, quer dizer, sim.
- Onde ela está? Ela falou que ia numa festinha com você.
- Comigo numa festinha? Não, senhorita Clara ela não estava comigo, pra falar a verdade, ela nem tem andando comigo, ela se afastou e é por conta desse comportamento dela que eu decidi que deveria vir falar com vocês, eu não quero vê-la seguindo o caminho que ela está seguindo.
- Se ela não está com você, onde ela está? - Luan indagou e Henrique nos encarou preocupado dando de ombros. - Mas é desta que eu a mato, eu juro, puta que pariu o que eu fiz pra merecer isso. - andou pela sala nervoso.
- Lucas vai brincar para o seu quarto por favor.
- Porquê mamãe?
- Apenas vai filho.
- Tudo bem. - pegou num carrinho e saiu correndo.

Vi Luan discar algo no celular e mandei Henrique se sentar pedindo que Cida trouxesse algo para beber. Eu precisava de uma água urgente.


- CECÍLIA EU QUERO VOCÊ AQUI EM CASA AGORA. - Luan gritou literalmente. - Sim, eu estou em casa e preciso de conversar com você, vem  o mais depressa possível. - falou mais contido e logo desligou. - Quero só ver o que ela vai falar para se justificar da merda que está fazendo.
- Vocês já sabem? - Henrique perguntou.
- Descobrimos agora que ela está fumando. - confessei e limpei uma lágrima teimosa.
- Só isso?
- Tem mais? - Luan questionou incrédulo e Henrique assentiu. Luan respirou fundo e se sentou no sofá bebericando um pouco da água. - Conta tudo que você sabe Henrique.
- Há coisas que eu não sei o motivo pelo que ela fez, mas eu vou contar aquilo que sei e que vi, ela não me tem contado nada, agora só quer saber do Kauan e acabou esquecendo das outras pessoas.
- Kauan, eu sabia que tinha a ver com ele.
- Na verdade começou naquele dia que a gente faltou na palestra, a Ashley, ela estava irritando a Cecília sem motivo alguns dias antes, mas naquele dia acho que foi pior, a Cecília estava triste e foi aí que decidimos faltar, conhecemos o Kauan aí, e ele logo jogou charme pra cima dela.
- Eu lembro dessa Ashley, ela não é amiga da Cecília? - Luan indagou e Henrique o olhou assustado.
- Amiga? Não, não mesmo, aquela ali só não maltrata mais a Cecília porque está dentro da escola senão tenho certeza que as cosias seriam bem piores.
- Como assim Henrique?
- A Ashley ameaça a Cecília e fica chamando ela de adotada e pé rapado, faz questão de lhe dizer que ela é abandonada e que é uma coitadinha que teve sorte de ser adotada por você seu Luan e que agora é rica mas que não passa de um nada.
- As marcas nos braços dela foi essa menina que fez? - indaguei não conseguindo segurar o choro.
- Foi, a Cecília não quer contar nada a ninguém sobre isso, mas ela é vítima de bullying. Uma vez a vi prestes a bater na Ashley de raiva mas eu cheguei a tempo dela não fazer nada.
- Isso foi naquela época que ela perdeu peso rápido e ficava sempre no quarto desanimada. - Luan constou e notei que estava se fazendo de forte para não chorar também. - Mas ela sabe que pra mim não é adotada.
- Ela sabe seu Luan, ela apenas ficou afetada por isso e depois começou andando com o Kauan, ele é da mesma sala que a Ashley e pelo que sei nunca impediu que ela continuasse assustando a Ceci, mas ela está tão cega por ele que nem repara nas coisas á volta dela.
- Eles estão namorando? - perguntei reticente.
- Eles não tem nada assumido mas que andam juntos, isso eles andam e ela hoje me falou que foi com ele que fumou a primeira vez por isso já dá pra imaginar o tipo que ele é, além do mais, ela me falou que já experimentou um baseado. - Luan segurou a cabeça com as mãos negando constantemente.
- Ela não tem ideia do que está fazendo.
- Ela não tem, pode parecer que está bem mas no fundo eu sei que as coisas que a Ashley lhe diz dói muito nela e o Kauan só a faz esquecer só que de um modo perigoso. E isso não é tudo.
- Ai senhor o que virá por aí.
- Ela foi para a Argentina e ... - nesse momento a porta se abriu e Cecília chegou na sala assustada vendo o cenário que ali estava.




- Oi, o que está acontecendo? Henrique? - engoliu em seco e a olhei decepcionada, olhei Luan e os olhos dele queimavam de raiva, eu estava com medo do que ele poderia fazer.







Boa noite, ontem não teve porque eu estava com dor de cabeça e sem paciência para escrever, mas falei que hoje compensaria e fiz isso ;) 
Uhhhhhhhhh, Ceci parece ter dado tréguas aos pais biológicos e até que ponto isso será bom? Henrique ficou sabendo de umas coisas e o afastamento da amiga o deixou no limite. Kauan levou Cecília para uma festa e a convidou para outra no dia seguinte, só que de noite. O que acham que irá acontecer? Será que ela vai conseguir sair? Luan e Clara descobriram que ela fuma e Henrique apareceu para contar muitas mais coisas. Será que com Luan em casa a Cecília vai sair na mesma com Kauan, será que ela vai se explicar, o que será que Luan vai fazer? E quando ele souber da Carolina? :| Os ânimos estão aflorados, prevejo um enorme drama!!! Deixem as vossas sugestões pleaseeeeee. Beijos enormes <3




13 comentários:

  1. OLHA AQUI AUTORA LINDA VOCÊ NÃO TEM DIREITO DE PARA NA MELHOR PARTE CARA NÃO TEM ESSE DIREITOOOO.
    OQUE SERA QUE O LUAN VAI FAZER COM A CECÍLIA? CARA QUE MEDO CONTINUAAAA bjooos

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    1. Eu tenho direito siiiiiim kkkkkkkkkk amo ver vocês curiosas, assim voltam amanhã kkkkk Beijos leitora linda <3

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  2. AH NÃÃÃÃÃÃOOOOOO!!!!

    Volta aqui e posta a continuação... PELO AMOR DE DEUS!!
    MERECEMOS

    NÃO PODEMOS DORMIR SEM A CONTINUAÇÃO.

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    1. Pode dormir sim kkkkkkk Amanhã eu trago mais pra vocês :b

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  3. Vishe Cecilia agora merecia um castigo ben dado, cara da ta decepcionando tanto o Luan e a Clara. Eles nao mereciam isso qe ela está fazendo não , espero qe Luan e Clara tenha uma conversa com ela e ela tome jeito e pare de agir desse jeito rebelde que ela está agindo ultimamente . *Lais

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  4. Ai não vou consegui dormi pensando sua malvada . acho que os país dela deve descobri da aproximidade da Cecília com a os país biológicos e muito ingrato da parte dela não conta ( Tudo bem que esteja em um fase revoltada mais o Luan e Clara cuidaram dela deram amor lutaram por ela ) e que Luan seja firme agora e acho que já tava mesmo na hora deles descobrirem tudo.

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  5. Iiih, que agora se Luan não souber falar com jeito e explodir ela vai se revoltar mais ainda e querer ir pra casa dos pais biológicos...

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  6. Eeeeeita babados, babados, babados. Acho tão injusta essa aproximação da Ceci com os " pais " biológicos, acho que o Luan vai ficar muito magoado quando souber, mais magoado ainda.
    Eu sei que esse Kauan apresentou coisas horríveis pra ela, fez ela fumar e tal, mas às vezes eu acho ele legal kkk sei lá, ele parece ser só um badboy legal, mas também penso que ele tem algum planinho com a Ashley, talvez só pra tirar a virgindade da Ceci e depois cair fora, espalhar alguma fofoca quem sabe...
    Mas eu acho que agora esse " romance " acaba, Luan já descobriu tudoo ( ou quase ), quero muito saber o que ele fazer. Só acho que alguém vai ficar de castigo uns 100 mil anos...

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  7. Mas e aquele bilhete que mandaram avisando para o Luan ter cuidado com o que a Cecilia anda fazendo? Quem mandou?
    A relação desse Kauan com a Ashley é tão estranha... acho que eles tem algo juntos.
    Henrique teve atitude de amigo verdadeiro em contar pra eles sobre o que a Ceci anda aprontando.
    O Luan já está cuspindo fogo. Isso porque ainda nem sabe que ela encontrou-se com a Carolina kkkkk
    Na melhor parte vc para? Pôxa kkkkk

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  8. Só um detalhe... Baseado é o mesmo que droga.

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    1. Eu não sou muito entendida no assunto, mas a ideia que tenho e pelo que li, baseado não tem o mesmo efeito que a droga no corpo de uma pessoa, daí ter demarcado essa diferença. Mas agradeço o seu toque kkkkk Obrigada mesmo, beijos :)

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  9. Cadê tu muié?? Tô aqui ansiosa esperando pra ir dormir. kkkkkkkkkkk

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