quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Capítulo 122

- Você já não é mais... - neguei e ele nem terminou, a sua cara estava tensa e eu juro que tremi. - Vai para o seu quarto agora. 
- Mas pai, é uma coisa normal.
- Se eu fosse você não falava nada Cecília, vai para o seu quarto agora. - saí embirrada e o ouvi gritar pela mamãe. 



Várias coisas passavam pela minha cabeça, papai não tinha motivos assim. Eu já namorava há anos com Henrique. Era mais do que normal já ter rolado. Não entendo porquê tanta surpresa. Só mesmo meu pai. Subi rapidamente para o quarto e me deitei mexendo no celular. Ouvi passos apressados e logo ele e mamãe entraram fechando a porta. 



- Filha o que aconteceu dessa vez? Você não voltou a...
- Não mãe, claro que não. O papai não te contou ainda? - indaguei tentando parecer calma.
- Não, ele apenas disse que você fez besteira da grande. - olhava de mim para ele que passava a mão nos cabelos de nervoso.
- Sua filha não é mais virgem Maria Clara, é isso que está acontecendo. - falou irado de raiva e olhei mamãe que me olhava com certa surpresa mas não demonstrava raiva.
- Filha, quando isso?
- Há uns meses atrás.
- Há uns meses atrás. - papai me repetiu - E ainda fala com essa naturalidade, desde lá aconteceu mais vezes né?
- Quer mesmo que responda? - questionei e papai me olhou feio.
- Já desde quando você andava de rolo com aquele filho da puta você estava quase cometendo esse erro, e agora...
- Agora é diferente papai, agora é o Henrique, meu namorado. Um moço direito que o senhor conhece e confia e que acima de tudo me ama. - o interrompi.
- Filha você não me falou nada porquê? - mamãe indagou visivelmente desiludida, era só o que me faltava, magoar a minha mãe.
- Eu não sabia como contar uma coisa dessas mamãe, mesmo que eu confie em vocês mais que tudo, não me sentia preparada pra contar.
- Vocês tomaram precauções?
- Claro que sim mãe.
- Você deveria ter-me contado, você tem de ir no médico filha. - suspirou pesado.
- Desculpa mamãe, eu sei que estava correndo risco mas eu juro que iria contar.
- Andava correndo risco. - papai ironizou - Se você engravidasse eu queria ver como seria. Você parece que não tem juízo Cecília, acaba sempre fazendo as coisas do jeito errado.
- Luan também não é um bicho de sete cabeças, ela apenas ficou ainda mais mulher, você já passou essa fase também. Ela errou quando decidiu esconder estes meses todos, deveria de falar com a gente para se aconselhar mas está feito, e agora devemos tomar as responsabilidades.
- Meu Deus, eu nem 40 anos tenho e já estive perto de ser avô, eu não nasci pra sofrer desse jeito. - papai se lamentou nervoso, seria cómico se não fosse trágico.
- Se você fosse avô iria adorar a ideia, aposto que depois da raiva só iria mimar o seu netinho. - mamãe falou mais calma e papai a olhou feio.
- Para de bater de frente comigo Maria Clara.
- Ai meu amor. - riu brincando com ele - Você tem de aceitar que a sua menininha já cresceu e está uma mulher, daqui a nada ela termina a facul, se casa e vai morar em outra casa.
- Não me lembra disso pelo amor de Deus, ainda bem que ela vai entrar numa facul aqui em Sampa senão eu ia dar em doido.
- Mas mesmo assim você dará papai. - brinquei e ele me olhou irónico.
- Agora vamos falar ainda mais sério, sua mãe vai te levar no médico. - assenti - E o Henrique vem jantar aqui hoje, quero conversar com ele.
- Papai não me faça passar essa vergonha.
- Vergonha? Na hora de fazer não teve vergonha né? - me calei e levei meus olhos ao chão. - Ele terá uma conversa séria comigo sim, você gostando ou não.
- Tudo bem, vou chamar ele.
- Filha, não esquenta, seu pai é sempre o mesmo.
- Dá pra ser mais pulso firme Clarinha, eu querendo me impor e você comentando coisas assim, tira a minha moral poxa. - rimos e papai nos olhou embirrado. - Ah quer saber, vou tomar um banho.
- Vai lá, já levo a sua toalha. - mamãe falou e papai sorriu de canto saindo. - Amanhã mesmo iremos na ginecologista. - assenti obedecendo, era o certo a se fazer. - Agora eu vou lá no seu pai.
- Levar a toalha né? - ela assentiu - A toalha que normalmente fica no armário do banheiro. - ri desmascarando a safadeza deles.
- Me respeita Cecília Santana. - falou segurando o riso e saiu.



Henrique chegou e papai estava na sala nos encarando. Aquele momento estava sendo constrangedor, Os gémeos brincavam ali no tapete e Lucas só jogava video game, ele seria mais viciado que o meu pai e o Henrique juntos. Mamãe trouxe algumas entradas para a mesa e nos chamou.



- Henrique vamos comigo no escritório, preciso te dar uma palavrinha. - Henrique me olhou e sorri pequeno, já lhe tinha contado o que aconteceu.
- Tudo bem Luan, vamos lá.
- Vai levar bronca cunhadinho. - Lucas fez graça e lhe bati na cabeça.
- Cala a boca criança.
- Mais velha e mais chata, nossa senhora. - zoou e o olhei incrédula.
- Parem já antes de começarem a discutir. - mamãe alertou e parámos. Era sempre assim, eu e Lucas ficávamos de pirraça por qualquer coisinha.



Luan On: 



- Presumo que você já sabe do que iremos falar né? - fui direto e me sentei no cadeirão.
- Sei Luan e queria pedir desculpa, mas você sabe que são coisas que acontecem, a gente já namora faz alguns anos e chegou a hora.
- Eu sabia que isso iria acontecer mas não assim tão cedo pra ela, porque pra você acredito que já tenha experiência nisso né?
- Na verdade a Cecília foi a primeira.
- Isso é verdade verdadinha? - questionei surpreso e ele assentiu.
- É sim, por isso aconteceu na nossa hora, nada foi forçado.
- Onde aconteceu? - ele me olhou por minutos, eu sabia que era algo só deles mas eu era pai e exigia saber.
- Foi lá em casa.
- Você sabe que tem de tomar precauções e cuidado.
- Eu sei, meus pais sempre me alertaram para isso.
- Ela me perguntou se podia passar a virada em Balneário Camboriú, eu sei que não adianta eu falar, vocês são novos e fazem as coisas no calor do momento, mas eu só peço que vocês tomem o máximo de cuidado, vocês são novos e têm a vida toda pela frente para ter irresponsabilidades maiores. Eu sei do que falo, embora seja ótimo ser pai eu não desejo isso pra você assim tão novo.
- Enquanto a gente puder evitar Luan, a gente evita, não quero ser pai agora não. - riu fraco.
- Ainda bem que nos estamos entendendo. - bati de leve em suas costas.
- Obrigado Luan, por mesmo não gostando apoiar.
- Quando você for pai, você verá como as coisas são difíceis de gostar. - rimos e nos levantamos seguindo pra sala.



Avisei Cecília que ela poderia sim ir para o Sul, mas antes lhe passei uma lista enorme de conselhos que ela deveria ter. Deixei ela e Henrique na sala namorando um pouco e subi com Clara. Deixámos os gémeos nos quartos deles e fomos para o nosso. Lucas ficou na sala, nunca que deixaria minha filha sozinha com o namorado em casa, mesmo sabendo que ela não faria nada, mas em casa é diferente, exijo mais respeito.



- Vem aqui meu amor. - abracei Clarinha por trás e ela encostou sua cabeça em meu peito nos juntando mais.
- Mas já quer de novo? Ainda mais cedo a gente se amou.
- Tá reclamando? - indaguei e ela riu.
- Não, mas você nunca cansa né?
- De você? Nunquinha. - a virei e colei nossos lábios.



Apertei sua cintura e subi a barra da sua blusa me deparando com os seus seios. Os beijei delicadamente e soltei o sutiã a empurrando para a cama. Ela riu com esse gesto e ataquei imediatamente seu pescoço a ouvindo ofegar. Ela sabe muito bem o quanto isso me excita. Tirei a sua saia e ela tratou de se desfazer da minha camiseta e calças. Em minutos estávamos ambos nus, a fiz me desejar e quando vi que ela chegaria ao limite parei com as carícias e a preenchi sem ela esperar. Um gemido saiu da sua boca e a beijei ferozmente abafando os que viriam a seguir. Nos amámos como sempre, intensamente e apaixonadamente. Nunca que eu me cansaria de a fazer minha, desejada, amada, feliz. Essa era a minha função e hoje só agradeço a Deus por me mostrar que ela é a mulher da minha vida, aquela que eu desejo toda a hora. A minha bailarina.




Cecília On: 



Acho que depois do susto que apanhei de tarde com a reação do meu pai, o dia não poderia ter terminado melhor. Ele entendeu, eu sabia que ele iria entender, meu pai pode parecer muito rígido em alguns aspetos mas acaba sempre por respeitar e me compreender. Estava ansiosa para a virada em Santa Catarina, com certeza iria ser super divertida.



- Vocês podem parar com esse agarramento? - Lucas chato interrompeu o nosso beijo.
- Lucas eu juro que se você volta a se intrometer eu te jogo na piscina nesta noite fria.
- Mas você não seria capaz.- me fuzilou desafiador.
- Experimenta pra tu ver.
- Tenho pena de ti cunhado, aturar uma besta dessa. Eu não namorava uma chata que nem a minha irmã não.
- E você lá tem idade pra namorar pivete? - Henrique brincou.
- Aff, vocês estão mesmo bem um para o outro, dois chatos, sempre contra mim.
- Você sempre diz que o mundo está contra você maninho, respira fundo, não precisámos de um Luan dois em casa não. Homens esquentadinhos.
- Vou contar isso ao meu pai.
- Engraçadinho. - lhe atirei o travesseiro e ele riu continuando o jogo.
- Amor eu acho que já vou também, está tarde e você tem de descansar.
- Descansar? Estamos de férias Rique, tenho tempo demais pra descansar. - o beijei e mesmo com Lucas tossindo eu não parei.
- Mas eu preciso ir mesmo, seus pais já subiram e parece mal eu continuar aqui.
- Meus pais estão fazendo coisas piores, por isso não parece nada mal. - segurei o riso e ele riu negando.
- Doida.
- O que os pais estão fazendo Ceci? - Lucas indagou.
- É feio escutar a conversa dos outros.
- Fala baixo na próxima. - me olhou esperando.
- Eles não estão fazendo nada que seja da sua conta.
- E é da sua?
- Sabe aquela bola que você andava procurando esses dias? - ele assentiu - Ela está perto da piscina.
- Sério? Vou lá pegar ela. - saiu e segurei o riso indo atrás.
- Você não faz se vingar dele né?
- Amorzinho você me conhece. - pisquei o olho e Henrique riu.



Vi Lucas perto da piscina procurando a bola e quando ele menos esperava o atirei. Eu ri muito e ele emergiu com uma cara nada boa. Henrique tentava não rir mas era impossível. A cena estava tão engraçada.



- Você me paga sua desmiolada.
- Pra você aprender maninho.
- O que está acontecendo aqui? - ouvimos alguém perguntar e era papai que estava na varanda junto com mamãe que vestia a camiseta dele, esses meus pais eram mais safados do que eu pensava.
- O Lucas me irritou e eu atirei ele na piscina. - contei.
- Pai coloca ela de castigo, ela fez de propósito porque eu interrompi os agarramentos dela com o Henrique, eles estavam se pegando na minha frente papai.
- Que exagerado. - gritei - Papai não acredita no que ele fala.
- Lucas sobe e toma um banho.
- Mas pai...
- Nem mas nem menos, sobe. - ordenou rindo. - E você o mesmo Cecília. - Lucas me olhou zoando.
- Eu te atiro de novo. - ameacei e ele saiu correndo.
- Vocês dois não vão parar de implicância nunca né? Criancinhas.
- Também te amo mamãe, já agora, belo pijama. - zombei e saí rindo.
- Olha que eu te jogo na piscina também. - a ouvi gritar ainda antes de entrar em casa.




(...)



Chegámos no apê e tudo estava impecável, eu adorava quando a gente passava alguns dias lá, era sempre tão relaxante, sem contar que a cobertura era incrível com uma vista de invejar. Fomos oito pessoas, Só eu e Henrique erámos casal e por isso dormiríamos no mesmo quarto, os outros se misturaram pelos outros quartos. Minha amiga Joana levou a prima dela e não sei porquê mas não fui com a cara dela. Ainda tínhamos a tarde toda pela frente e decidimos passear no iate, meu pai tinha avisado os senhores que eu iria lá e eles logo se aprontaram a dizer que cuidariam de tudo pra gente. Henrique quis fazer jetski e fui junto, nos tiraram uma foto e decidi postar.








- Você coloca creme em mim por favor. - pedi a Henrique enquanto estávamos na beira da piscina apanhando sol.
- Nem precisa pedir. - se sentou na minha bunda e depois de depositar um beijo em minha nuca, sabendo que me arrepiaria passou o creme.
- Você sempre faz isso.
- Eu conheço seu ponto fraco. - riu.
- Se importa de passar em mim depois? - a tal prima da Joana perguntou e a encarei feio, ela não estava pensando que ele passaria creme nas costas dela, só se estivesse a fim de apanhar.
- Pede para a sua prima ou algum solteiro. - falei antes de Henrique e ele apertou meu ombro como se estivesse me massageando mas colocou mais força.
- Me desculpa, não vejo mal nenhum nisso.
- Tenho certeza que minha mão na sua cara também não teria mal nenhum. - me sentei e quase que Henrique caía.
- Me desculpa. - levantou as mãos em redenção.
- Amor você não é ciumenta não. - Henrique me sussurrou.
- Acho que sou. - constei e ele arregalou os olhos - Além do mais cê viu a ousadia dela? Que cara de pau, ela que volte a fazer algo parecido que eu afogo ela na piscina. Melhor, atiro ela da cobertura.



Eu sabia que minha intuição não estava errada, eu não gostava dela e agora tive mais do que motivos suficientes. No final do dia fui tomar meu banho, a noite da virada seria hoje e precisava me arrumar. Senti mãos em minha cintura e beijos em meu pescoço enquanto a água caía.



- Não resisti te ver aqui amor. - me sussurrou e me virei para ele.
- Não era pra resistir. - o beijei e as mãos bobas começaram.



Henrique era tão carinhoso e ao mesmo tempo tão confiante, eu me entregava de alma, corpo e coração pra ele como não conseguia me entregar pra mais ninguém. Apertei seus braços e arranhei suas costas assim que senti ele marcando meu seio. Nos amámos calmamente, tínhamos o tempo todo do mundo.



- Eu te amo Henrique. - lhe sussurrei entre gemidos.
- Eu te amo Cecília. - me retribuiu chegando ao seu limite também.



O banho embora mais demorado também foi rápido, assim nos arrumava-nos os dois ao mesmo tempo. Optei por um vestido longo azul, já que a virada estava sendo passada de um jeito diferente também iria fugir do tradicional branco. Henrique já estava arrumado e aquele moço era lindo.






Prendi meu cabelo e coloquei os acessórios. Vesti o vestido e por ser aberto nas costas não usei sutiã e notei Henrique morder o lábio. O olhei e ele riu. Finalizei com perfume e estava pronta. 






- Estamos combinando e tudo. - ele constou.
- Casal maravilha não falha. 



Acho que foi a melhor passagem de ano da minha vida. Jantámos na cobertura que estava toda decorada para essa festa, e o buffet era delicioso, mamãe que cuidou de tudo isso. Por termos uma vista privilegiada foi incrível ver os fogos. Henrique virou meu rosto para ele e me beijou. 







5 ANOS DEPOIS 



Pois é, cinco anos se passaram e tanta coisa mudou. falta cerca de um ano para me formar e cada vez amo mais pediatria. Papai continua fazendo seus shows mas já deu uma diminuída, por escolha dele, queria estar mais tempo com a família. Os gémeos estavam com oito anos e cada vez mais lindos e cúmplices, coisa de gémeo. Mamãe abriu mais duas academias e está cada vez mais feliz, até Luara já dança, claro, assim como Bê anda na escola de música. Lucas está com os seus 15 anos, quase 16, cada vez mais bonito e cada vez mais parecido com o meu pai. Meus tios Bruna e Hugo tiveram mais um filho, outro menino e Gaby já começou namorando para desespero do meu tio. Meus padrinhos estão cada vez mais apaixonados e aproveitando a filhinha, Luísa. Meu irmão Juan também já está crescido e me vê como a melhor amiga dele. Poderia ser tudo perfeito mas tem sempre de acontecer algo pra estragar. Sobre o Henrique, acho melhor nem falar. 


Estava no meu quarto terminando um trabalho da faculdade quando escutei a porta do quarto do Lucas bater. Fui ver o que aconteceu e assim que abri a porta só vi uma menina saindo apressada e Lucas junto. Eles não me viram mas fiquei esperando Lucas voltar. Assim que ele subiu a escadaria e caminhou pelo corredor o observei, ele apenas vestia um calção e soube na hora que ele estava fazendo besteira. Lembram quando disse que ele estava cada vez mais parecido com o meu pai? Não era só fisicamente, era de personalidade também. 



- Bonito menino Lucas. - zoei e ele se assustou me olhando.
- Que foi maninha?
- Não pode fazer essas coisas outra hora não? Se o Bernardo entrasse no seu quarto e te visse com aquela moça queria ver você explicar pra ela o que estava fazendo.
- Ceci quer um conselho, pára de implicar comigo sobre as meninas que eu pego e trago aqui em casa, ao invés disso, vê se arruma um namorado e tira o atraso. - zoou.
- Não precisava ser tão frio assim. - falei séria e bati a porta na cara dele me deitando na cama. 



Terminei com Henrique tem quase um ano, o pai dele arrumou um estágio ótimo para ele em Portugal e aproveitou para terminar a faculdade lá. Ainda tentámos fazer com que desse certo á distância mas ambos sabíamos que não dava. E assim terminou um namoro de 8 anos. Sei que deveria seguir em frente mas eu ainda não superei. Meus pais recearam que eu caísse no vício de novo mas ao invés disso me foquei mais na faculdade e acabei o último ano como a melhor aluna do meu curso. 



- Ceci? - Lucas abriu a porta e me chamava cauteloso. - Me desculpa, eu não queria dizer aquilo.
- Nada não. - neguei e lhe dei um sorriso fraco, ele se aproximou e se sentou do meu lado.
- Me desculpa mesmo, eu sei que você ainda está sofrendo mas eu só quero que você ultrapasse isso, não te quero ver triste mana. Ele foi um babaca mas você é muito melhor do que isso.
- Ele apenas foi lutar pelo futuro dele.
- Mas poderia ter feito diferente, e além do mais, você também era o futuro dele.
- Deixa pra lá Lu, eu vou superar, demore o tempo que demorar. - ele assentiu e me abraçou.
- Qualquer coisa me fala, sei que sou mais novo mas sou seu irmão e estou sempre do teu lado.
- Obrigada Luquinhas. - baguncei ainda mais seus cabelos. - Quando você arruma uma namorada hein? Mamãe odeia essa sua vida de pegador. - ri.
- Mamãe é ciumenta. - riu - Mas eu gosto dessa vida de pegador, meu pai era pegador, então tenho de seguir os passos dele.
- Idiota.-  lhe bati de leve. - Vê se toma jeito.
- Eu vou tomar, mas por enquanto me deixa curtir. - piscou o olho e saiu rindo. 



(...)



- Lucas quem era aquela menina que saiu daqui ontem á noite? - mamãe questionou Lucas e ele olhou papai sabendo que ele o defenderia, era sempre assim.
- Uma ficante mamãe.
- E achas certo trazer uma ficante cá pra casa quando todos nós estamos aqui? - falou o olhando feio.
- Clarinha não esquenta, ele não vai repetir isso né filhão?
- Você sempre passando a mão Luan Rafael. - papai até estremeceu com os dois nomes e eu segurei um riso - Ele tem de ter respeito, você também não fazia nada debaixo do mesmo teto onde a sua família estava.
- Não fazia porque você não gostava, não porque eu não queria. - Lucas riu. - Ele é homem, tem mais é que curtir e aproveitar mesmo.
- Quando eu contei que perdi a virgindade você não reagiu assim papai. - contra argumentei.
- Mas você é a minha menininha.
- Isso não muda nada.
- Claro que muda.
- Ciumento. - me defendi e ele riu.
- Eu não quero mais moças saindo daqui de casa está me ouvindo?
- Estou mãe, e se for mulheres, posso? - Lucas provocou e mamãe o olhou incrédula.
- Não brinca com isso. Não quero você envolvido com mulheres mais velhas.
- Tio Hardin falou que é bom ué, aprendo mais. 
- Lucas isso também já é demais. - papai finalmente apoiou a bronca da mamãe - Sua mãe tem razão, você pode curtir e tudo mas com juízo, não vai se envolvendo com qualquer mulher não, você tem muito pra aprender na vida ainda e espero que não seja da pior forma.
- Estava brincando, a minha cena é mais as mocinhas mesmo. - riu.
- Mesmo assim, quero respeito Lucas.
- Já percebi mãe. - levantou as mãos se rendendo. 
- Filha, já estou procurando espaços para você montar o seu consultório.
- Mas papai ainda me falta mais um ano e depois tenho de estagiar obrigatoriamente.
- Mas assim tem mais tempo pra pensar em como quer o seu consultório. - sorriu.
- Obrigada, tenho certeza que com a sua bénção vai tudo correr bem.
- Só quero te ver feliz. - assenti e apertei a sua mão. 
- Eu também já sei o que vou cursar.
- Já Lucas? - questionei e ele sorriu bobo encarando meu pai.
- Vou seguir Biologia. 



Será escusado dizer que meu pai ficou babão, ele adora tudo isso e se não fosse apaixonado pela música teria cursado biologia também. Todos pensámos que Lucas seria cantor mas ele foi se desinteressando por isso ao contrário de Bernardo que cada vez mais é apaixonado por essa área.
Acho que a minha vida poderia sim ser perfeita, bastava estar rodeada das pessoas que eu mais amo no mundo e que me amam na mesma proporção, minha família.





Hello Hello! Capítulo enorme, e é o penúltimo ! Por isso aproveitem este para matar a saudade. Tanta coisa mudou, tantos anos passaram. Quero saber o que vocês acharam de tudo que aconteceu, me dêem a vossa opinião. O próximo capítulo será o final e irei postar no fim de semana em princípio. Para quem me perguntou se iria escrever outra fanfic do Luan a resposta é NÃO. Vou parar por um tempo com as fanfics do Lu, vou escrever outras sim, mas não sobre ele e não sei se vocês gostarão de quem seja. Contudo, quem quiser ler na mesma, me diga que depois eu passo o link quando começar. 


Bom, FELIZ ANO NOVO leitoras lindas, obrigada por este ano incrível, O fim da minha primeira fanfic que é o meu xodó e o início e quase fim de outra que foi um desafio para mim. Desejo o melhor para vocês, beijos enormes <3





5 comentários:

  1. Qualser fim de mais uma fic sua autora Linda. Tantos anos se passaram Ceci e Henrique acabou? Não pode cara:( Que pena que você não vai fazer mais fics do Luan :(. Continuuuua bjoooos FELIZ ANO NOVO AUTORA LINDA que seja de um ano muitooo abençoado na sua vida paz, amooor, felicidadeee e muitaaa saúde que Deus de abençoe sempre. Bjooos

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  2. Tá acabando :( Afinal o Luan aceitou bem esse fato com a Ceci kkkk Henrique é um amor, sério, quero um desses na minha vida pfvr.
    Que legal a passagem De ano deles, safadinhos demais em? Kkk
    E eu não acredito que ele terminaram :( voltem, volta pro Brasil cara, ela tá aqui e não em Portugal, a felicidade.
    Como o Lucas cresceeeeeu, pegador mesmo em? Luan tem orgulho disso, safado. Claro que p Hardin seu conselho pra pegar mulher mais velha, claro que sim kkkkk Maria ficou arretada em?
    To curiosa pra ler o ultimo já *-* Posta logoooo

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  3. Nossa, o Lucas tem a personalidade muito parecida com a do Luan. Ciumento e safado haja
    Meu Deus, Cecilia e Henrique terminaram? Como assim??? Eu shippava eles poxa :( Será que eles voltam?
    Se vc fizer outra fanfic posta o link lá no grupo do face. Eu sempre vou ler e comentar, mesmo que atrasada as vezes. Não me importo com quem ela será, vou ler mesmo assim haha

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  4. Quanta coisa aconteceu?! Nossa, meu casal continua o mesmo haha
    Continua, tô ansiosa (apesar de triste pelo fim da fanfic). Feliz ano novo Fafaaaaaaa!!

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