sábado, 7 de novembro de 2015

Capítulo 103

Luan On: 


Confesso que não dormi quase nada, acordei com o meu celular anunciando uma mensagem. Era Dudu marcando um almoço de trabalho no restaurante perto do Studio. Cecília já não estava na cama e assim que constei isso ela saiu do banheiro.


- Bom dia papai, está melhor? - veio até mim e beijou o meu rosto.
- Mais ou menos filha, está na sua hora né?
- Ainda falta, mas tenho de me arrumar e te ajudar com o Lucas.
- Não se preocupa, eu arrumo ele e já já descemos. - acariciei seus cabelos e a puxei para um abraço. - Obrigado meu amor.


Vesti a primeira roupa que encontrei, não estava para caprichos, só queria saber onde Clara estava e como tinha passado a noite. Fui no quarto do Lucas e peguei numa roupa o arrumando no meu quarto mesmo. Saímos do quarto e Ceci estava saindo do dela. Os levei na escola e avisei seu Luís para os pegar depois. Na volta pra casa lembrei de passar no apê da Bia, Clara com certeza estaria lá ou pelo menos passou por lá. A minha entrada estava liberada e não precisei avisar Bia, assim que ela abriu a porta me olhou com uma cara um pouco estranha. 


- Bom dia Beatriz.
- Bom dia Luan, entre. - me deu espaço e nos sentámos no sofá. - Bem, a Ma pegou pesado. - me encarava.
- Então ela passou por aqui? Você sabe onde ela está?
- Não estou me referindo á vossa briga, e sim, eu sei de tudo. Mas estava me referindo mesmo ao seu rosto, mesmo com barba dá pra notar este lado um pouco avermelhado. - fez uma cara desagradável.
- Sério que está vermelho? - toquei meu lado esquerdo - Nem reparei.- dei de ombros.
- Ela está dormindo. - me avisou e a olhei sentindo um alívio.
- Ela está bem? - me atrevi a perguntar sabendo qual poderia ser a resposta.
- Está mais ou menos, ela está brava por você ter dado bola pra garota, mas ela sabe que não aconteceu nada.
- Só não entendo porque ela saiu de casa. 
- Sério? Pra te ver desse jeito que você está. - me falou na cara, Beatriz não tinha papas na língua. 
- Ela queria me ver sofrendo?
- Ela queria que você aprendesse com isso, agora depende de você. 
- O jeito não foi o melhor. - confessei encarando o vazio.
- Eu acho que foi, você sabe que errou feio, ela não podia te perdoar facilmente como quase sempre, você não é mais o moleque de uns anos atrás que não tinha muita noção do que fazia.
- Eu sei Bia, não precisa me dizer isso. - falei impaciente - Dói sabia? - a encarei e ela levantou uma sobrancelha me observando. - Só espero que ela volte antes de eu voltar pra estrada.
- Já disse que depende de você. E vocês não iam pra fazenda? Então não se preocupa.
- Ela falou que ia? - indaguei esperançoso.
- Ela deu a entender que sim.- um sorriso me escapou.
- Você não quer ir junto? Seria legal, leva o Felipe.
- Não me fala desse idiota. - a olhei estranho.
- Que aconteceu?
- Ele deu um tempo por ciúme do Hardin e ainda me incentivou a ficar com ele quando os meninos fizessem show daqui a dois meses aqui.
- Ele fez isso?
- Fez, e o pior é que eu achava que era birra dele, mas hoje de manhã fui checar as redes sociais dele e vi que ele estava identificado numa foto de ontem na balada.
- Acompanhado?
- Era uma foto de grupo, mas ao lado dele estava ninguém mais, ninguém menos que a Fernanda. - falou irónica.
- Ela voltou? Não sabia.
- Pelos vistos só ele sabia.
- Achei que ele não quisesse nada com ela, quando ela veio aqui há uns anos atrás ele nem fez muito caso quando a viu, foi bem indiferente com ela.
- Mas parece que agora está a fim de recuperar o tempo perdido. Eu sempre senti que as coisas entre eles não estavam acabadas, era como se ele tivesse um passado mal resolvido, eu sentia isso muitas vezes mas achava que era impressão minha.
- Ele pode só ter saído pra balada, não significa que estejam juntos ou ficando.
- Eu sei, mas se ele não deu valor ao que tivemos eu não irei dar, afinal Argentina e México não ficam tão longe assim, o Hardin irá adorar me receber antes do que imagina. - sorriu cínica e ri.
- Você é demais Beatriz.
- Luan acho melhor você ir embora, a Clara não iria gostar de te ver por aqui.
- Tudo bem, tenho um almoço com o Dudu também, ela pode almoçar lá em casa com as crianças. - avisei - E pensa no que te falei da Fazenda.
- Vou pensar, se cuida. - me abraçou e me acompanhou até á porta.


A hora passou correndo e já era meio da manhã. Decidi ir direto da casa da Bia para o Studio, assim ainda trabalha antes do almoço. Esperava não encontrar Tatiana no almoço mas isso seria improvável. E se ela viesse com conversa eu iria me impor como não fui capaz de fazer antes.



Clara On: 


Acordei sabendo que era tarde, iria matar Bia por não me ter acordado. Olhei no cel e eram 11h. Já não dormia tanto assim há imenso tempo. Tomei um banho e me arrumei.




Dirigi-me á cozinha para comer alguma coisa e passando pela sala vi Bia lendo um livro qualquer com o computador na frente. Iria lhe pregar um susto mas quando estava chegando ela me parou.


- Pode parar com essa graça Maria Clara, eu ouvi seu salto batendo no chão.
- Nossa, me deixa ser iludida. - me sentei ao seu lado derrotada. - O que você está fazendo?
- Lendo. - falou óbvio me mostrando o livro.
- No computador.
- Comprando passagens para o México.
- México? Como assim?
- Vou ao show dos meninos lá daqui a menos de duas semanas e depois aproveito a carona deles para Argentina.
- Você é doida, e o Felipe? Não vai nem tentar?
- Ele não quis tentar quando saiu ontem pra balada acompanhado da sua ex-namorada, a queridinha da Fernanda. - debochou e arregalei os olhos.
- Ele fez isso? Que sem juízo. - neguei não acreditando - Sabe que mais? Você fez foi bem, pra ele ver como é bom pra tosse. - ri fraco e ela me acompanhou mas parou me encarando. - Que foi?
- Você vai almoçar em casa né?
- Não sei, acho que não Bia, talvez pegue as crianças mais logo pra jantar fora comigo.
- Se é pelo Luan pode ficar tranquila, ele tem um almoço de trabalho com o pessoal do Studio do Dudu.
- Como você sabe?
- Então... - falou pensativo - Ele esteve aqui mais cedo.
- Ele sabe que estou aqui? - indaguei com desespero, não queria que ele me descobrisse rápido.
- Sabe, ele achou que você tivesse passado por aqui mas eu decidi lhe contar que você estava dormindo.
- Ah grande amiga você. - cruzei os braços irritada.
- Primeiro que você não pediu segredo e depois ele nem insistiu pra te ver, aliás, grande tapa que você deu no coitado, ele ainda tinha o rosto um pouco vermelho.
- Hum.
- Não vai ter nem dó, ele estava com uma cara bem abalada amiga, se eu fosse você não sacrificava-o tanto assim, volta pra casa e mesmo que vocês não conversem ao menos tentam conviver na mesma casa. Ele falou da Fazenda, estava com medo que você já não fosse.
- Eu disse que ia de qualquer jeito. Não sei pra quê esse medo.
- Nossa, que fria. - me zombou e ri fraco. - Você vai almoçar com as crianças? 
- Acho que...- fiquei pensando e decidi que iria fazer uma coisa, não sei que seria a melhor mas eu precisaria - Não, eu vou almoçar com o Luan. A outra vaquinha deve estar junto por isso ela vai conhecer a verdadeira e única mulher do Luan Santana.
- Sinto cheiro de perigo. Mas é assim mesmo, vai lá mostrar para essa galdéria como são as coisas, ninguém se mete com o seu homem e fica rindo, vai lá se apresentar pra ela. - gargalhou - Tenho até pena da bichinha.
- Penas ela tem muitas, galinha. - rimos e continuámos conversando até dar mais ou menos a hora do almoço de Luan.


O restaurante deveria ser um perto do Studio que eles sempre iam. Chamei seu Luís e seguimos. Luan iria ter uma surpresa, não o iria perdoar com isso, mas iria lhe mostrar do que era capaz. Iria pra provocar mesmo. Cheguei no restaurante e pedi para seu Luís levar as crianças para casa dos meus sogros, eles ficariam com eles. Entrei no hall do restaurante e as minhas suspeitas estavam confirmadas. Seria aqui o almoço. Vi Dudu, Hugo, Luan, Douglas, Marquinhos e uma moça, conversando provavelmente enquanto esperavam alguém. Me aproximei e fixei meu olhar em Luan, assim que ele sentiu estar sendo observado correu o olhar por aquele local dando de caras comigo.


- Clarinha.-  percebi ele pronunciar e logo os seus amigos me olharam surpresos.
- Nossa Maria Clara que surpresa, que bom que veio. - Dudu me cumprimentou - Não desaparece esse tanto menina.
- Não foi por querer Dudu. - me desculpei - Também adoro te rever.
- E aí pequena. - Douglas me puxou me prendendo pelo pescoço com o seu braço enquanto me beijava na cabeça. Cumprimentei Marquinhos e abri os braços para o meu irmão.
- Larica, ainda bem que você veio. 
- Ainda bem mesmo né?- pisquei o olho e assim que me virei percebi a moça sussurrar algo a Luan mas só percebi quando ela perguntou-lhe quem eu era. Ri irónica e me aproximei. - Oi, Maria Clara. - estendi minha mão.
- Oi, Tatiana. - bingo, era ela mesmo, lhe dei um sorriso cínico e olhei Luan lhe dando um sorriso encantador e sedutor, os nossos olhos se prendiam e festejei por dentro, estava conseguindo o deixar doidinho com a minha presença e atitude. 
- Luan. - falei e me posicionei ao seu lado. Ele colocou a mão no fundo das minhas costas e se aproximou de mim.
- O que você está fazendo aqui amor? - me sussurrou.
- Vim almoçar, gostou da surpresa?
- Muito. - sorriu de canto e vi Tatiana olhar de lado, aproveitei para beijar o canto da boca do meu marido que ficou me olhando admirado por ter feito aquilo. 
- Chegou quem faltava. - Dudu falou e um homem chegou, não o conhecia mas deveria ser alguém com quem ele trabalhasse. 


Depois de apresentações feitas, seguimos para dentro do restaurante. Esperei todos passarem e quando Tatiana estava passando por mim a puxei pelo braço de forma rude mesmo.


- Preciso falar com você. - falei entre dentes e notei Luan parado com uma cara de assustado nos olhando.
- O que você está fazendo? Me larga, nem te conheço de lado nenhum. - se soltou.
- Deveria conhecer sua vagabunda. - me aproximei, ela ia protestar mas a parei levantando a minha mão - Vai me ouvir. - ordenei e ela olhava de mim para Luan - Sabe o cara que você está de olho? Então, ele é casado e muito bem casado. Se ele por um acaso infeliz tivesse algo com você, você seria a outra, simplesmente isso, só iria se divertir com você e depois te largar e você não passaria da "outra". Felizmente, ele tem divertimento e amor comigo, não precisa ter "outra". Só pra te avisar para sumir de perto do meu marido, ou então você vai conhecer a minha mão de mais perto. - ri irónica.
- Não sei do que você está falando.
- Sonsa. - cerrei os dentes e me aproximei ainda mais a vendo ficar encurralada entre mim e a parede - Não vai protestar não? Por whats você é bem mais direta, mas você se ferrou, porque quem viu as suas mensagens fui eu. É tão infantil você, é mesmo coisa de vadia que não se dá ao respeito. Mas eu me dou e por isso te aviso, fica longe do Luan ou então eu acabo com você. - deixei bem claro.
- Eu não queria provocar nada disso, o Luan é só meu amigo. - se justificou rápido.
- Amigo o caralho, pára com essa humilhação. O Luan não é amigo de piriguetes que nem você, muito menos é seu psicólogo está me ouvindo? Espero que tenha aprendido porque na próxima não serei tão boazinha. - virei costas e Luan nos olhava perplexo, sorri sarcástica e passei por ele. - Luan está esperando o quê, vamos. - o alertei assim que o vi parado.


Ele me seguiu e assim que nos sentámos Tatiana logo apareceu se sentando na outra ponta da mesa bem longe da gente. Podia ver na sua cara o quão assustada estava e isso me deixava satisfeita. Nada como defender o que é meu e mostrar que nada vai acabar com a nossa felicidade.


- Precisamos conversar sobre o que acabou de acontecer. - Luan me sussurrou firme.
- Acha que não estive certa? - o encarei.
- Você estava quase dando vexame, sabe que alguém poderia ver.
- Você está preocupado com isso? Deveria se preocupar em manter aquela puta afastada e me respeitar, achei que tinha aprendido alguma coisa.
- Eu não estou preocupado com isso, mas são coisas que podem ser evitadas, e eu ia falar com ela não precisava de você fazendo aquele papel...
- Continua. Você iria dizer papel ridículo ou algo do tipo? Estou vendo que precisarei te deixar dormir sozinho e se virar sem mim por mais tempo. - ameacei e ele me olhou assustado.
- Não fala isso. Eu fiquei preocupado com você. Eu só não esperava que você viesse aqui e fizesse o que fez. 
- Não gostou? 
- Não se trata disso Maria Clara, ela vai ficar pensando o quê de mim? Que preciso de mulher pra me defender?
- Esse pensamento foi bem machista sabia? - constei semicerrando o olhar - Mas fique sabendo que ela não te verá como um rato, apenas verá que você é amado e que tem tudo que precisa em casa. - pisquei o olho e virei meu rosto para a frente puxando assunto com o meu irmão. 


Saímos do restaurante já eram mais de 14h30. Tatiana me olhava mas sempre que a encarava ela desviava, ria internamente e só esperava que ela se mantivesse bem longe, porque eu sou de cumprir as minhas promessas e podem apostar que a quebraria numa surra bem dada. Luan estava calado e encarava o vazio enquanto a galera se despedia uns dos outros, analisei a sua face e dei conta de que realmente o seu rosto estava vermelho.


- Tinha pomada em casa pra você passar no rosto. - informei e ele finalmente me olhou.
- Eu estava preocupado com você e onde estaria, não com o meu rosto, quero lá saber se está marcado. - desviou novamente o olhar. 
- Vamos, você me dará carona até em casa da Bia.


Ele assentiu e puxou minha mão saindo do restaurante rumo ao estacionamento onde a sua Ferrari estava. Entrámos e ele me olhou.


- Não vai ligar o carro?- indaguei vendo a sua demora.
- Você não acha que está na hora de voltar pra casa, sua família está lá.
- É, meus filhos estão lá, mas podem muito bem passar a noite comigo na Bia. - sorri cínica e ele bufou descansando a cabeça no volante.  
- Você sabe que eu não fiz por mal, você sabe que não tive intenções, eu já aprendi a lição, agora por favor volta pra casa. - me suplicou. - As crianças sentiram a sua falta, a Ceci me convenceu a deixá-los dormir comigo para não passar a noite sozinho lembrando da nossa briga.
- Sério? - indaguei surpresa, não esperava que aquilo acontecesse. - A Ceci cada dia demonstra mais a sua maturidade, nem parece ter apenas 13 anos. - ri fraco.
- Você volta? - questionou.
- Quando vamos pra Fazenda?
- Depois de amanhã.
- Então amanhã eu volto pra casa.
- Não acha essa sua atitude infantil?
- Infantil é você, me leva logo pra casa dos seus pais, quero ver os meus filhos e ainda tenho que trabalhar mais logo.
- Tudo bem. - se deu por vencido e seguimos em completo silêncio.


As crianças assim que me viram correram para me abraçar. Lucas pediu colo e não desgrudava, sei que ele seria o que mais iria sofrer. Cecília observava Luan que lhe sorriu pequeno. 


- Vai voltar pra casa mamãe? - Lucas perguntou e sorri triste.
- Amanhã só meu amor, mas que me dizem de vocês dois passarem a noite comigo no apê da tia Bia? - sugeri e Cecília me olhou feio.
- Eu não vou mãe. - me respondeu e voltou a se sentar fazendo a lição da escola. 
- Tudo bem filha, eu entendo. 
- Não quero estar passando por isso mãe, não me leve a mal, mas a minha casa é a minha casa e o meu pai é o meu pai, eu não iria deixar ele sozinho nunca, amo a senhora mas...
- Seu pai é seu pai, eu sei filha, e fico até mais descansada sabendo que farão companhia um ao outro.
- Sei que a sua ideia não é essa mas vou fingir que acredito. - falou esperta e rimos.
- E você Lucas? Vem com a mamãe ou vai ficar com o seu pai e a sua irmã?
- Vou com você, fiquei com saudade da senhora esta noite mamãe. - falou dengoso me abraçando.
- Então vamos lá a casa pegar nas suas coisas.
- Eu levo vocês, vamos filhota. - Luan se ofereceu e não tinha porque recusar. 


Marizete assistia a tudo e sei que estava reprovando o que estava acontecendo, mas logo mais tudo se resolveria. Combinámos tudo para a ida pra Fazenda e saímos. Luan me levou também a casa da Bia depois de arrumar uma mochila com roupas do Lucas. 


- Clara... - Luan me chamou assim que destranquei a porta.
- Fala. - recuei o olhando.
- Fica bem, e se quiser voltar mais cedo estarei te esperando.
- Obrigada, amanhã eu volto.
- Amanhã eu te pego aqui, você tem aula de manhã né? - assenti - Então me espera. 
- Combinado Luan, até amanhã. 


Lucas se despediu dele e me despedi de Cecília que me falou num sussurro algo que me deu o que pensar: "Meu pai pode fazer besteira de vez em quando mamãe mas ele continua sendo um bobo apaixonado por você, tal e qual como me lembro quando era criança e ele ficava me falando de você. Volta logo sim?". Assenti e subi. Bia estava em casa e ficou cuidando de Lucas enquanto passei na Academia pra dar uma aula. 



Luan On: 


Mais uma noite sem ela, o que me reconfortava além dos mimos da minha filha era saber que amanhã Maria Clara estava de volta. Levei Cecília na escola e segui para casa do Hugo, hoje seríamos só eu e ele cuidando das músicas. Acabei almoçando lá já que Cecília tinha um trabalho pra fazer lá em casa com um colega e almoçaria com ele. Já era meio da tarde quando parei na frente do apê da Beatriz, subi e Clara me abriu a porta e já estava com a mala na sala apenas me esperando.


- Papai.
- E aí meu campeão. - correu até mim e o peguei no colo. - Foi legal ficar aqui?
- Foi, mas tive saudade sua. - ri e olhei Clara. 
- Vamos? - assentiu e lhe passei Lucas pegando nas malas deles. 


Chegámos em casa e deixei a mala na lavandaria seguindo depois para a sala onde vi Cecília e um rapaz sentados na mesa bem próximos. Travei completamente, ela ouvindo o movimento se afastou rapidamente com uma cara estranha. Diria que eu interrompi um momento de pós primeiro beijou ou um quase beijo, esperava que fosse a segunda opção. 


- Oi filha. - me aproximei e beijei sua testa.
- Mamãe voltou. - sorriu pra Clara. - Me deixem apresentar meu amigo, é o Henrique.
- O famoso Henrique.- falei sentindo o olhar reprovador de Ceci sobre mim e o seu rosto avermelhar.
- Que é isso, você que é famoso. - falou sem graça - Prazer conhecer vocês. - se levantou para nos cumprimentar e á primeira vista me pareceu um bom rapaz, aproveitei que ele estava perto de Clara para avisar Cecília que mais logo conversaríamos. 
- Estão fazendo trabalho de quê?
- Biologia pai.
- Sério? Que legal, precisam de ajuda? Eu era fera em biologia, me deixem ajudar. - afastei a cadeira de Cecília e puxei outra me colocando no meio dos dois. 


Clara saindo da sala rindo e sabia que era por eu estar com um pouco de ciúme de Cecília, mas fazer o quê se ela é a minha princesinha. 



Eitaaaaa! Luan descobriu onde Clara estava, e respeitou o fato dela não querer voltar pra casa se mantendo compreensivo. Já Clara assim que soube do almoço não perdeu tempo e foi atrás para mostrar a Tatiana com quem estava lidando. kkkkk Clara voltou pra casa e parece que assim que chegaram viram algo estranho, será que Cecília beijou mesmo o menino? kkkkk Luan quer tirar essa história a limpo. E essa ida pra Fazenda, será que o casal já vai resolvido ou ainda brigado? Comentem amorecos, beijocas <3






6 comentários:

  1. Nossa, a Clara não estava pra brincadeira. A Tatiana com certeza ficou assustada kkkkk
    Olha, se a Cecília não beijou o Henrique, não beija mais pois o Luan já arrumou um jeitinho de se meter no meio dos dois.

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  2. Clara mostrando pra que veio...
    Luan não vai dar trequa ma Ceci. kkkkk

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  3. quero essses dois bem logo

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  4. Luan vai pirar s e a Cecília estiver se paquerando com esse menino. Imagina se ela beijou ele. Luan vai querer proibir que ela saia de casa. kkk

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