sábado, 28 de novembro de 2015

Capítulo 111

Luan On: 





Cheguei em Uberlândia e não deixei de pensar em Cecília durante o voo. Ela nestes dois meses mudou bastante, eu não lembro da Bruna ser assim na adolescência, mas pra falar a verdade eu mal acompanhei, estava sempre viajando em busca do meu sonho. Mas não lembro do meu pai ou da minha mãe reclamando. Não ter experiência nessas coisas é um saco, eu gostaria de a compreender melhor e de a ajudar. Ela sabia que eu estava sempre disposto a isso. Só espero que ela tenha realmente melhorado, eu não iria saber suportar se algo de mal estivesse acontecendo com ela. 


- Boi o que foi? - Rober me despertou.
- Hã? Nada não Testa.
- É a Clara?
- Não, a Cecília. - o olhei e ele ficou curioso se sentando na minha frente enquanto comia algo no hotel.
- O que ela tem?
- Nem sei, acho que é coisa de adolescente. Te contei das mudanças que ela teve né? - ele assentiu me permitindo prosseguir - Ela agora está bem, só não sei se isso é normal.
- Me cheira a namoradinho.
- Nem me fala uma coisa dessas.
- Porque não? Eu reparei que ela estava sempre grudada naquele menino na festa dela.
- Não, ela me garantiu que eram apenas amigos, nunca que iria permitir que ela namorasse com essa idade e com um cara mais velho. 
- Você não pode se intrometer nisso Luanzera, ela é sua filha mas também está crescendo e tem de viver essas coisas.
- Experimenta ter uma filha e depois me diz isso. 
- Não tenho culpa de só ter rapazes até agora. - deu de ombros e ri. Rober havia casado a uns três anos atrás com um amiga de infância, ele que sempre ficou com várias foi logo casar com uma amiga de infância, a vida dá muitas voltas. 
- Então não fala do que não sabe, nunca imaginei que fosse me dar tanta dor de cabeça ter uma menina. - ri fraco.
- E vem aí outra, por isso melhor aprender agora com a Cecília.
- Por vezes queria ter um filho rapaz mais velho sabe? Assim ele cuidaria da Ceci como se fosse eu quando estivesse viajando.
- A sua mulher faz isso por você, a Maria Clara é uma força da natureza, quando ela quer fica mais brava do que você, por isso fica tranquilo.
- Isso é verdade, mas agora ela só tem de relaxar e aproveitar a gravidez dos gémeos, não quero que ela se preocupe com essas coisas.
- Difícil é convencê-la disso, porque se bem a conheço, ela gosta de saber de tudo. - riu e o acompanhei,
- Você conhece a peça. A Ceci está na Argentina agora, espero que ela se divirta.
- Na Argentina? Nos avós dela? - assenti - A Carolina não mora lá não?
- Eu acho que não, nem sei por onde ela anda, nem quero saber.
- Mas você não se informou disso cara? - Agora que Rober falou eu comecei e ver a gravidade da situação.
- Cara, se ela estivesse por lá o seu Pedro me avisaria, ele e a D. Adrielle não aprovaram o que a Carolina fez por isso não permitiriam a ida da Ceci para lá sabendo que elas poderiam se encontrar né?
- É, tem razão, relaxa. 


Mesmo sabendo que isso seria quase impossível não posso negar que me preocupou. Mas não poderia haver essa possibilidade. Não podia de jeito nenhum. 



Cecília On: 



- E então Ceci o que está achando do pouco que você viu?
- Estou adorando vô Pedro, não sei como não vim cá antes.
- Nós estamos adorando ter você aqui, achámos que seria difícil seu pai autorizar mas ele até se mostrou bem compreensivo. 
- Meu pai só quer o melhor para mim.
- Verdade, irei agradecer ao Luan a minha vida toda por ter criado e principalmente amado você.


Avó Adrielle me mostrou a casa e o quarto onde ficaria, ela o decorou só para mim. Era bom ter um monte de avós, eles me mimavam e me ensinavam muitas coisas além de me contarem peripécias dos meus pais quando criança. Sei que neste caso não existiria isso, até porque não havia motivo para eles me falarem dos meus pais biológicos. Eu é que teria de descobrir por mim mesma algo e claro, contar com a sorte. Tomei um banho e desci para jantar. 


(...)


Hoje me deram a conhecer uma parte de Buenos Aires. Agora estávamos a caminho da casa de uns amigos dos meus avós, iríamos jantar lá. Disseram que eles tinham uma neta um pouco mais velha do que eu que me poderia apresentar outras coisas da cidade. Minha mãe me ligou assim como meu pai. Eles se preocupavam comigo e eu só esperava que eles entendessem a minha curiosidade pelos meus pais biológicos. Acho que mereço saber disso e se algo der errado, Kauan estará lá para me ajudar a ultrapassar. 


- Esta é a Alejandra. - vô Pedro me apresentou, eu não percebia nada de espanhol, mas ela pelo que percebi entendia português e até falava corretamente, o que só facilitava. 
- Prazer, Cecília.
- Tenho certeza que seremos ótimas amigas, vem, vou te mostrar o meu quarto. 


Subi com ela e a parte que mais adorei foi a sacada, tinha uma vista soberba para a cidade. Ela morava com os pais e os avós e estava no último ano do ensino médio. 


- Posso te confessar uma coisa? - me perguntou e assenti - Eu tenho até vergonha de falar isso, mas minha mãe é fã do seu pai então eu meio que cresci escutando ele.
- Sério? Meu pai iria gostar de saber isso. - sorri. - Quando ligar vou lhe contar isso, ele vai ficar contente em saber. 
- Por isso eu percebo um pouco português. - rimos - Bem, vamos descer?
- Vamos. É... Alejandra? Você sabe se meus avós ficam sempre sozinhos?
- Não, ás vezes a Carol aparece lá. Você já conheceu ela? - Carol, Carol, Carol, a mulher que me abandonou e que meu pai sempre fez questão de ressaltar isso.
- Não, eu não conheço. - menti querendo saber mais, porque pela conversa ela não sabia que ela era minha mãe. 
- Ela é legal, seus avós ficam sozinhos algumas vezes e ela sempre os visita. É uma boa sobrinha.
- Sobrinha? Não sabia, ninguém me falou dela ainda.
- Mas você ainda terá oportunidades para a conhecer, a ela e ao marido, o Leandro.
- Eles moram muito longe daqui?
- Não, uns vinte minutos daqui. 


Chegámos na sala e não tive oportunidade de perguntar mais nada. Alejandra era boa pessoa e me levou para conhecer vários pontos turísticos da cidade. Embora o meu objetivo não fosse esse, estava sendo incrível conhecer um novo país. Papai ligou e lhe contei de Alejandra, ele ficou feliz como previ, dizia que iria mandar o novo CD autografado para ela. Ri com isso, por mais anos que passassem papai nunca perdia esse orgulho no seu trabalho. 


- Ceci vai tomar um banho relaxante, hoje iremos assistir um teatro.
- Tá bom vovó. - subi a passos largos e relaxei na banheira. Aproveitei para ligar para Kauan e ele logo atendeu. 
- E aí gatinha, está se divertindo?
- Muito e já descobri algumas coisas, mas sempre que penso em descobrir mais fico com um nó no coração sabe, sinto que estou traindo meus pais.
- Eu percebo mas é para o seu bem, mais cedo ou mais tarde você teria de lidar com isso, porque a curiosidade é assim mesmo, melhor você descobrir agora, já que os seus pais adotivos não te falam nada.
- E que motivos eles teriam para falar? Eu entendo eles Kauan, se meus pais verdadeiros me abandonaram eu não tenho porque me preocupar com isso, estaria sendo mal agradecida com os meus pais, principalmente com o Luan.
- Mais tarde você vai se sentir agradecida por saber de tudo, vai se sentir uma pessoa resolvida, e uma mulher resolvida pode conquistar tudo que quer Cecília.
- Você acha?
- Eu tenho certeza, você irá aproveitar muito mais e irá se permitir a novas experiências também.
- Pode ser que você tenha razão. Estou com saudade sua.
- Também, fumar sozinho já não tem a mesma graça. - rimos. 
- Verdade, nem sei como estou me aguentando aqui sem isso.
- Você não levou?
- Como iria conseguir esconder isso?  Além do mais sou menor, poderia dar barraco no aero.
- Tem razão, mas quando você voltar eu dou um jeito de te arrumar.
- Eu ainda tenho o seu presente.
- E irá usufruir muito bem dele. - rimos. - Volta logo tá bom?
- Pode deixar, beijos.


(...) 


Terminei de secar o cabelo e me sentei para me maquiar, estava fora do país então poderia ter essa liberdade sem ter o meu pai me enchendo o saco com argumentos de que eu era jovem demais para essas coisas. Coloquei o vestido e a sapatilha ficando prontinha. 




Peguei na minha bolsa e desci. Estava chegando na sala quando vi uma criança correndo, um menino moreno, de uns dois anos. Logo atrás surgiu uma mulher, também ela morena, correndo atrás dele, até que o conseguiu apanhar. 


- Você estava fugindo. - riu e pegou no menino -  Vamos lá para fora esperar a vovó trazer... Oh. - me olhou finalmente e desci o restante da escadaria. - Oi.
- Oi. - respondi receosa.
- Você é quem? Não sabia que meus pais estavam com visitas.
- Eu sou... - engoli em seco - Eu... Você quem é? - perguntei tentando não demonstrar nervosismo.
- Carolina, filha do Pedro e da Adrielle. - falou óbvia, eu estava de frente para a minha mãe, quer dizer, minha não, ela não me é nada, apenas a mulher que me procriou. - Agora você quem é? Eu acho que te conheço, mas...
- Eu me chamo Cecília. - falei firme e ela ficou estupefacta me olhando. Seus olhos eram surpresos e depois de colocar o menino no chão veio a passos lentos até mim.
- A minha Cecília? - levantou uma mão pra me tocar.
- Não me toca. - avisei e dei dois passos atrás. -  E eu não sou sua.
- Eu... me desculpa. Eu não estava te reconhecendo, como estás bonita, sempre acompanho as notícias que saem, mas você parece estar mudada desde a última vez que vi. O que você veio fazer aqui?
- Visitar meus avós.
- Eles tinham contato contigo estes anos todos? - indagou prendendo o choro.
- Você não sabia? - questionei com frieza.
- Ai meu Deus. - avó Adrielle adentrou na sala assustada - Carolina eu te pedi para esperar lá fora...
- Que a sala estava em remodelação, é mãe, posso constar isso. - falou irónica. - Porque me mentiu? Você sabia da minha filha este tempo todo e não me disse nada?
- O fato de te ter perdoado pelo seu grande erro não significa que eu tenha de te contar sobre a minha neta, filha do Luan e da Maria Clara, você não é nada dela desde o segundo que a abandonou. 
- Ela é minha filha na mesma mãe.
- Já disse que não sou nada sua. - resmunguei.
- Cecília sobe por favor.
- Eu não vou subir avó, até foi bom ela aparecer, será que podemos conversar? - olhei para Carolina que estava tão surpresa quanto a avó.
- Claro, mãe fica com o Juan?
- Seu filho? - questionei.
- Seu irmão.
- Ele não...
- Eu sei, ele não é nada seu. - me interrompeu - Vamos conversar então.
- No quarto. -avisei - Avó fica tranquila, eu vou ficar bem. - garanti e ela assentiu. 


Subi rapidamente e assim que ela entrou fechei a porta, não a tranquei, isso seria idiotice demais. Caminhei até á janela e me sentei num sofázinho que tinha ali. Carolina se sentou na minha frente e sempre me olhava, apenas desviou a atenção para tirar o tabaco da mala. Fiquei olhando, eu estava com vontade também, e já aguentei tanto tempo.


- Me dá um? - pedi e ela me olhou sem reação.
- Você fuma? - indagou com enorme admiração. - O seu pai sabe?
- Não, e você não irá contar. - tirei um, mesmo sem esperar a autorização dela. 
- Você não deveria fumar, tem 14 anos. Meu Deus, se o Luan souber... você sabe como ele ficará né?
- Olha pra minha cara de preocupada. - sorri cínica e ela me encarava perplexa. Acendi o cigarro e pude sentir o relaxamento aos poucos. - Agora eu quero saber porque você me abandonou. E quero sinceridade. - deixei bem claro.
- Na época eu não estava preparada para ser mãe, eu só queria me divertir, não iria conseguir cuidar de você.
- Porque não abortou?
- Quando tive coragem já era tarde demais, o jeito foi seguir com a gravidez até ao fim e...
- Me abandonar, eu sei. Porque apareceu uns tempos mais tarde? Porque se aproximou de mim? Eu tenho alguns flashes, você quase namorou meu pai e eu lembro de quando você cuidava de mim.
- Eu queria garantir que você tivesse uma família digna, que você crescesse em meio ao conforto.
- Mas você queria a minha guarda né? Eu lembro que meu pai andava chorando por isso, era pequena demais mas acho que as crianças são assim mesmo né, se lembram do bom e do mau.
- Eu vi que a minha vida estava se concertando, o seu p... O Leandro, estava ganhando um bom salário e com o dinheiro da indemnização que pedi ao Luan daria para te sustentar.
- Você quis roubar o meu pai?
- É, mas as coisas correram mal e eu acabei sendo presa.
- Você acha que naquela época se tivesse conseguido me tirar do Luan iria saber me criar?
- Eu não sei, mas queria tentar. Mas sabe que até fico feliz que as coisas tenham tomado o rumo que tomaram? Eu sabia que o Luan estava demasiado apegado em você e que isso era bom, pois ele iria te educar e te amar do que jeito que toda a criança merece, eu fico feliz que tenha sido ele a te adotar, você ganhou uma família e está bem, não tem necessidade, tem tudo que quer, estuda no melhor colégio. Acho que eu como sua mãe só quero isso pra você, o melhor do melhor.
- Como você pode falar que ter me abandonado foi melhor do que pelo menos ter tentado me criar? - a enfrentei com raiva e tirei outro cigarro sobre o olhar reprovador dela. 
- Eu se não tivesse te abandonado não iria te criar, eu não queria filhos naquela época, eu iria acabar por ficar sem você na mesma. Então usei o curso que tirei na faculdade para me aproximar de você. Eu lembro que você adorou me conhecer.
- Que pena porque eu não. - falei irónica - Você tem um filho, acha que ele merece a mãe que tem?
- Agora ele merece sim, eu mudei bastante, e o Juan tem me ensinado muita coisa, e a mais importante é que eu não deveria te ter abandonado, eu me arrependo muito.
- Tarde demais para arrependimentos. - traguei o cigarro e ela assentiu sabendo que era verdade.
- Eu entendo que estejas magoada comigo mas eu só peço que um dia consigas entender.
- Não vou entender, e sabe porquê? O Luan era novo demais quando me adotou e me fez filha dele como se fosse de sangue, a Maria Clara sendo apenas namorada do meu pai na altura me fez filha dela também, e não olhou a julgamentos das pessoas nem tão pouco se preocupou se seria capaz de me educar ou não. Eles também não sabiam como me criar mas o amor que eles tinham foi o suficiente para se tornarem nos melhores pais que eu poderia ter tido. Aí eles tiveram o Lucas, meu irmão, e agora terão gémeos, e embora possa parecer ilusão, eles amam a gente cada vez mais, têm sempre amor para dar e nunca me trataram como adotada. Por isso serei incapaz de te entender, porque você nunca me amou, então não me peça pra ter compaixão com você. - falei tudo que estava engasgado e a cara dela era assustadora, ela não esperava nada disto.
- Você é bastante madura Cecília, não esperava ouvir essas palavras de você.
- Eu sei, e agora você pode ver que realmente foi melhor me deixar ser adotada pelo Luan.
- Eu sei que o lugar de mãe nunca será meu, mas você sempre será minha filha, sempre te verei como tal. Só queria que você me deixasse me aproximar de você, te conhecer melhor.
- Você está me pedindo para ser minha amiga? - ela assentiu - E porque eu deveria aceitar isso?
- Porque eu me preocupo com você, me deixa saber como você está, o que você conquistou, me deixa falar com você, eu estou me mudando para São Paulo semana que vem.
- Por minha causa? - indaguei com uma pontinha de esperança que eu fosse o motivo.
- Não, o Leandro arrumou um emprego bom lá e a gente vai para lá. O Juan sabe que você existe, sempre lhe falo de você.
- Não deveria colocar mentiras na cabeça de uma criança.
- Você não está facilitando as coisas Cecília.
- E porque deveria? Não tenho de facilitar nada pra você, está vendo isto aqui? - lhe mostrei o cigarro, o terceiro naquela conversa - Você tem culpa nisto.
- Não entendo como.
- Eu até te explicaria, mas não te devo satisfações. E se você conta a alguém pode ter certeza que não me verá nunca mais na sua vida.
- Eu não vou contar. Agora você está brava comigo e com razão, mas quando se acalmar e pensar no que conversamos espero que possa me visitar para a gente poder se entender minimamente. - apontou um endereço qualquer num papel e me deu. 
- Não prometo nada.
- Não quero que prometas, apenas que ponderes. 
- Tudo bem. Agora eu preciso ir, os avós estão me esperando.
- Certo, você está uma mocinha, já namora? - puxou assunto.
- Isso interessa? - escondi um sorriso e guardei o papel na minha carteira.
- Interessa, e pela sua carinha vejo que sim.
- Não namoro, mas não estou sozinha. - dei de ombros.
- Espero conhecer ele um dia. - nos aproximámos da porta.
- Antes de ir me deixa o tabaco aqui por favor. - pedi com certa vergonha.
- Eu não posso alimentar esse seu vício Cecília.
- Então pode esquecer a visita em São Paulo. - ela me olhou pensativa.
- Ok, pega, mas eu espero que você largue isso, o seu pai irá surtar.
- Já disse que a culpa é sua, ele terá bons motivos para surtar. - pisquei o olho cínica e guardei o tabaco. 


Saímos do quarto e na sala meus avós estavam sentados no sofá apreensivos, enquanto um homem brincava com Juan. Tive a certeza que era Leandro assim que ele me olhou. 


- Cecília. - se levantou e olhou Carolina que sorria pequeno. - Nossa, que menina linda você.
- Meus pais são lindos, tinha de sair a eles. 
- Eu sinto muito por tudo.
- Não, você não sente, nem sabe o que é isso. Só espero que essa criança que você segura não tenha de passar por nada que eu passei. Eu posso escutar a Carolina e até ponderar aceitar a existência dela, mas a sua não. Eu me lembro muito bem das vezes que você brigava comigo, se achando meu pai, mas você nunca o foi e não será agora. - ele assentiu e nem relutou voltando a se sentar cabisbaixo. 
- Minha neta eu não queria que nada disto acontecesse.- vô Pedro se desculpou - Eu falei pra Adrielle que a gente passaria em casa da Carolina para evitar que vocês se vissem, eu não queria que isto acontecesse.
- Não se preocupe avô, eu precisava disso, só peço que fique apenas entre a gente, meus pais não podem nem fazer ideia disto, deixa que eu me resolvo com eles.
- É o mínimo que podemos fazer por você.  
- Mas porque vocês fingem que ela é vossa sobrinha?
- Porque ela é nossa filha única, seria embaraçoso demais as pessoas descobrirem que ela te deixou recém nascida abandonada no hospital. Então as pessoas acham que ela é nossa sobrinha e que nossa filha continua no Brasil.
- Entendi, eu também teria vergonha de ter uma filha que nem ela. - a olhei de soslaio e ela baixou a cabeça. 


Meus avós se despediram de Carolina e de Leandro e seguimos para o teatro, mesmo a avó insistindo que seria melhor ficar em casa. Mas eu precisava me divertir e eles mereciam que eu passasse tempo com eles, era para isso que ali estava. Encontrei Alejandra nos dias seguintes e até saímos para um bar de um primo dela, tinha um ambiente calmo e bem agradável. Mamãe me acordou no dia seguinte me ligando. 


- Bom dia mãe, está tudo bem? Ainda é cedo.
- Eu sei que é cedo, mas é urgente.
- Foi algo com os gémeos? - me sentei preocupada.
- Não, eles estão bem, o problema foi a sua caderneta da escola.
- Como assim?
- Você pegou recuperação em matemática e historia.
- Merda. - grunhi - Eu não esperava isso mãe.
- Imagino, por isso a sua passagem foi adiada para hoje á noite, você terá tempo de estudar e fazer as provas daqui a quatro dias.
- Tudo bem. - me dei por vencida, eu teria de fazer isso de qualquer jeito.
- Eu sei que o final do semestre não foi fácil pra você filha, mas não esperava isto de você, sempre me orgulhei das suas notas e você sempre fez por isso.
- Eu sei mãe, eu prometo que vou recuperar, me desculpa. - me senti culpada, não a queria desiludir e lhe dar sinais de que estaria algo acontecendo. 


Me despedi dela e tomei um banho. Meus avós já sabiam que eu iria voltar hoje e me levaram no aero. Estava de volta, agora era só fazer as provas novamente e depois curtir as férias com a minha família antes de voltar para a escola e para Kauan. Ele iria me entender e até me ajudaria a decidir se devo ou não visitar a Carolina. 





Boaaaa noite ! Luan supôs o reencontro de Carolina com Cecília mas achou que as hipóteses eram nulas. Mas não foi o que aconteceu, mesmo os avós da Ceci tentando evitar isso, foi tarde demais e ela esteve cara a cara com Carolina e com Leandro, e também com Juan. Será que ela vai visitar a Carolina? Será que vai aceitar Juan como irmão? Será que Luan vai descobrir? E Kauan? O que virá aí? Cecília ficou de recuperação, será que isso vai suscitar novamente a desconfiança de Luan? Vish, tanta dúvida né, mas eu juro que irei desvendar tudo isso kkkk Comentem bastante por favoooor. Beijos <3


7 comentários:

  1. Meu Deus!! A Cecíli já tá viciada.

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  2. Acho que a Carol deveria arrumar o telefone do Luan ou da Clara, nas coisas dos pais, e ligar pra contar sobre o vício da Cecília.
    Amando!
    Luly

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  3. Eu sei que os pais dela erraram no passado, mas ela foi muito rude comos dois. Ela usou palavras muito duras. Mas pelo menos ela desabafou tudo que estava engasgado.
    Eu acho que ela vai procurar a Carolina novamente.
    Esse Kauan só vai alimentar o vício dela. Tomara que ela não entre em drogas mais pesadas.

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  4. Oxi esse vício da Cecília tem qye ser descoberto , como é que pode ela ficar nesse vício , to xocada com essas atitudes dela . decepcionar os pais desse jeito . *Laís

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