quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Capítulo 109

Velei o sono de Maria Clara depois de a acalmar, ela não podia ter essas preocupações, mesmo sendo mãe, ela tinha uma gravidez um tanto quanto de risco. Eu não estava conseguindo dormir. Não conseguia entender o que fiz de errado para Cecília estar passando por problemas, seja eles quais forem. Adormeci em meio a pensamentos e acordei morto de sono com Lucas me chamando.


- Que foi filho?
- Acorda papai, a mamãe mandou vir chamar o senhor, está na hora.
- Mas já? - olhei o celular e realmente estava na hora de me arrumar para levar as crianças na escola.
- Já papai, se levanta, bora. - afastou a coberta de cima de mim e ri com a pressa dele.


Descemos e vi as minhas duas meninas na mesa comendo. Clara observava atenta Cecília enquanto ela comia devagar, devagar até demais. Dei um beijo nas duas e me sentei me servindo.


- Nossa, esse bolo é de chocolate? - indaguei.
- É, me dá seu prato amor. - Clara me pediu e lhe dei.
- Não quer filha? Você ama bolo de chocolate da Cida. - tentei saber até onde poderia ir o distúrbio dela, se ela iria negar.
- Posso comer um pouco, mas não quero muito não, já comi uma fatia de pão.
- Só um pouco? Tenho certeza que vai comer mais, não tem como resistir a bolo de chocolate da Cida. - ri fraco e ela sorriu pequeno se servindo de uma fatia.


A levei na escola e assim que ela saiu fiquei esperando ela entrar até dar conta que ela deixou o celular caído no banco, era importante ela andar com ele para emergências e decidi ir atrás dela. Me identifiquei na portaria e fui entrando no edifício, de longe a vi conversando com umas meninas, acho que uma delas era aquela tal de Ashley. Me aproximei e Cecília me olhou assustada.


- Bom dia meninas.
- Ah, oi senhor Luan, bom dia.
- Papai, aconteceu algo?
- Você esqueceu o seu celular. Está tudo bem filha? - a olhei vendo que todas as meninas olhavam a gente.
- Está sim, obrigada.
- Seu Luan por aqui. - Henrique apareceu como sempre simpático.
- Oh cara e aí. - o cumprimentei. - Vim trazer o celular desta menina esquecida. - brinquei e ele riu negando. - Vê se vai lá em casa, ainda tenho que me vingar do último jogo que você me ganhou. Tá ouvindo filha, qualquer dia leva o Henrique lá em casa.
- Pode deixar, eu irei sim seu Luan. Vamos pra aula Ceci? - ela assentiu e me deu um beijo no rosto antes de sair apressada.
- Sua filha é muito especial né? - Ashley perguntou.
- É, demais.
- O fato de ser adotada também torna isso assim, ela merece mais atenção.
- O que você quer dizer com isso? Ela não é tratada diferente por isso, sempre foi tratada igual.
- Claro, não quis dizer isso, mas ela é bem querida pelas pessoas, ela parece saber agradecer pela oportunidade que você lhe deu. - assenti sorrindo pequeno e logo me despedi.


Voltei pra casa e Clara estava na sala vendo algo no computador. Me sentei ao seu lado e ela procurava ideias para uma festa da piscina, pelo que percebi Cecília queria uma assim. Ficámos os dois em casa de manhã aproveitando e namorando muito. Fui pegar Lucas e Ceci na escola.


- Posso almoçar no quarto, eu quero adiantar um trabalho. - Cecília pediu e Clara me olhou imediatamente.
- Não filha, come aqui, depois você faz o trabalho, uma coisa de cada vez. Até porque mais logo temos a apresentação e você precisa se alimentar com calma. - ela assentiu e foi lavar as mãos.
- Você vai falar com ela depois né Lu?
- Vou Clarinha, pode ficar tranquila. - beijei a sua testa.


No almoço Ceci comeu normal e isso me intrigava, porque se ela estava abaixo do peso por emagrecer rapidamente, ela deveria rejeitar a comida, mas não, ela comia normal, embora demorasse e comesse menos que o habitual, mas estava comendo.



(...)



Eu cantaria ao mesmo tempo que o grupo dançava, o auditório estava cheio, e vi muitas fãs minhas ali prestigiando tanto a mim, como a Cecília. A apresentação foi incrível e claro que a gravidinha mais linda se emocionou. Meus pais, minha sogra, minha irmã, Bia, Felipe, Marcos e Rita foram lá a casa jantar com a gente.


- Afilhada é já daqui a pouco o seu aniversário. - Bia puxou assunto enquanto comíamos.
- É madrinha.
- Quero passar um dia com você, pra gente comemorar, vamos ás compras, no cinema, fazer muita coisa de mulherzinha.
- Espero que esse convite me tenha incluída. - Clara fez graça.
- Claro que não, é saída de dinda e afilhada.
- Nossa Bia, obrigadinha. - fez beicinho e rimos.
- A gente vai depois.
- E as férias onde serão? - Minha irmã perguntou.
- Ainda bem que você lembrou, tenho de tratar isso com a agência, mas todo o mundo daqui vai né? - todos assentiram - Vou tratar disso e depois informo.
- O Natal este ano será em Campo Grande né filha? - D. Giovanna perguntou, desde que seu Carlos faleceu que a gente comemora um ano na chácara e outro em Campo Grande, foi pedido dele no testamento e a gente só tinha de respeitar. A casa de Clara em CG era enorme e a minha família e a dele nos reuníamos lá, era gostoso também.
- É mãe, e a Virada será em Salvador na praia, o Luan tem show lá.
- Que delicinha. - Hugo falou nos fazendo rir - A gente até pode ir uns dias antes ou ficar uns depois depois para aproveitar.


Assim que combinámos as coisas, Cecília pediu para subir, ela estava cansada e lhe dei autorização para ir. Seria indelicado sair da mesa logo em seguida, mas após uns minutos me levantei com a desculpa que precisava fazer algo. Já era tarde e logo mais todos iriam embora também. Subi devagar dando tempo da Cecília se arrumar para dormir e bati na porta do eu quarto ouvindo um baixo "Pode entrar".


- Filha. - coloquei a cabeça para dentro e ela estava arrumando a mochila da escola. - Preciso falar com você.
- Tudo bem. - se sentou na cama e se cobriu. Me sentei ao seu lado e a olhei procurando as palavras certas para começar.
- Você algum dia andou lutando na escola? - perguntei receoso e ela me olhou assustada.
- Não pai, nunca briguei. - peguei em seus braços e subi a manga vendo marcas roxas neles.
- Então me explica isto?
- Já falei que foi no móvel. A mãe não precisava fazer queixinhas.
- Ela não fez, ela apenas está preocupada com você, assim como eu.
- Não há motivos, fui contra o móvel e ficou assim.
- E como você explica o seu peso insuficiente? - ela me olhou confusa - É, o médico disse que você perdeu peso rápido demais, e pelo que sei você pedia muitas vezes pra comer aqui, você realmente comia?
- Claro que comia papai, se perdi peso foi porque estou crescendo, sei lá.
- Você jura pra mim que comia sempre? - a olhei e ela desviou o olhar. Resolvi me levantar e fui ao banheiro dela, assim que abri o caixote do lixo pude ver restos de comida ali.
- Pai, isso é só sobras, eu comia sempre, eu juro. - implorou para que eu acreditasse.
- O que está acontecendo com você filha? Você de umas semanas para cá tem mudado tanto, o que está acontecendo? - supliquei voltando para o quarto.
- Eu apenas estou cansada, só isso, a escola me cansa demais e depois tenho a academia de dança, só isso, mas eu vou melhorar.
- Filha você sabe que se precisar de algo a gente está disposto a te ajudar, eu faço tudo por você filha.
- Eu sei papai, eu sei.
- Se abre comigo, desabafa comigo filha, sou seu pai.
- Fica tranquilo, as férias estão chegando e eu vou dar uma descansada boa. - sorriu pequeno.
- Tudo bem, eu não vou insistir mais, se eu notar diferenças pode acreditar que não terei uma conversa amigável com você.
- Já percebi pai.
- Fica bem. - beijei a sua testa e saí.


Clara já estava no quarto pois a porta estava entreaberta. Entrei e ela estava sentada me esperando. Lhe contei a conversa e tentei mantê-la tranquila. A minha atenção sobre a minha filha iria redobrar a partir de agora.



(...)



Cecília On: 


A minha vida era um saco. Ir para a escola estava se tornando insuportável. Mesmo que eu tentasse fugir dos lugares onde a Ashley estava, ela me descobria e eu me sentia um lixo quando ela me chamava de "adotada". O que me acalmava eram as férias, eu iria me livrar dela por um tempo. Agora só não posso vacilar porque meu pai já está desconfiando e eu não sei como lhe contar tudo que anda acontecendo. Papai me deixou na escola e assim que entrei Henrique sorriu para mim. O abracei forte e seguimos para a aula.


- Rique me ajuda a distribuir os convites da minha festa? Minha mãe me eu hoje de manhã. - lhe pedi no intervalo.
- Claro que ajudo, me dá aí alguns. - lhe dei metade dos que tinha e guardei um. - Esse é pra quem? - indagou curioso.
- Para o Kauan, ele tem sido legal, acho que ele vai gostar.
- Hum, você tem conversado muito com ele né.
- É, ele é boa pessoa.
- Só toma cuidado, ele é mais velho e costuma estar metido em problemas.
- Não se preocupa. - fui distribuir os convites pela galera da minha turma e vi que ainda tinha tempo, decidi ir no bar comprar algo para comer. Mesmo sem fome, mas se eu não tivesse melhoras papai brigaria comigo.


Estava voltando para a sala enquanto comia o misto quente quando novamente me empurraram. Nem precisava pensar muito para saber quem era. O meu pão foi parar no chão.


- Oh, caiu o seu pãozinho adotada, mas pode pegar e voltar a comer. Aposto que na associação que você morava também comia coisas assim né? - riu - Ninguém deve gostar de você mesmo, foi abandonada pelos pais e mesmo sendo adotada tem um pai que viaja mais do que fica em casa.
- Cala a boca. - grunhi e senti a dor em minhas mãos que estavam apertadas para não lhe ir á cara.
- Não calo. - sorriu cínica - Já viram meninas, que abusada, pensa que por ser filha do maior gatão do sertanejo pode falar assim comigo. Mas você se engana, porque ele não é seu pai, então você não tem esse direito. - levantei minha mão.
- Cecília. - Henrique veio correndo para o meu lado - O que está acontecendo?
- Nada, até depois adotada.
- Ashley pára com isso, se eu te vejo mais alguma vez ameaçando a Cecília você está ferrada comigo.
- Não tenho medo de você moleque. - debochou e saiu.
- Abaixa essa mão Cecília. - só fui reparar que a mantinha no ar quando ele me alertou. - Você não pode continuar assim, ela está te tratando mal. Porque você não vai na coordenação, não fala com seus pais?!
- Eu não vou contar pra ninguém, ela não vai me fazer mais nada.
- Você sempre fala isso e depois acontece coisas destas. Você tem de contar para os seus pais.
- Não vou contar nem ninguém vai contar, está me ouvindo Henrique?
- Eu só quero a minha melhor amiga de volta, você tem estado distraída demais, agora está agressiva, Cecília você não pode continuar assim.
- Me deixa, se eu sei que você abriu a boca eu juro que não falo mais pra você. - o avisei e saí apressada pois o sinal tinha tocado.


Henrique chegou atrasado e se sentou longe de mim. No último intervalo aproveitei para procurar Kauan, mas não demorou muito, ele estava no fundo da escola no meio daquele jardim  meio abandonado.


- Oi princesita. - me cumprimentou.
- Oi Kauan, te trouxe o convite da minha festa.
- Pode apostar que irei. O que você quer de presente?
- Nada, não ligo muito a isso.
- Mas eu quero te dar e até já sei o que será.
- Sério? Rápido você.
- Se quiser te dou uma amostra agora. - me olhou com um sorrisinho brincando em seus lábios. -Quer ver? - dei de ombros e quando menos percebi ele me beijava enquanto a sua mão apertava firme minha cintura, ele parou o beijo na metade - Eu disse que era só uma amostra. - piscou o olho e sorri de canto.




- Belo forma de me mostrar as coisas.-  ele riu do que eu falei.
- Vem, senta aqui. Você parece meio tensa.
- A vaca da sua amiguinha é a culpada.
- Você não pode demonstrar medo, isso só a atiça a continuar.
- Eu não tenho medo do que ela possa fazer, apenas tenho medo do que ela fala.
- Ela vai parar. - tirou o seu maço de tabaco do bolso e o observei. - Quer? - pela primeira vez ponderei, em outras vezes eu negaria rapidamente mas agora eu estava pouco me lixando. Assenti e ele me deu um.
- Mas tem que me ensinar.
- Com o maior prazer, só que se quiser continuar traz o seu perfume, porque normalmente impregna um pouco na roupa.
- Tudo bem, tudo que não preciso é que os meus pais me encham o saco por causa disso.


Ficámos alguns minutos fumando, rindo e nos beijando. Ele estava me mostrava algo que me aliviava e me fazia fugir um pouco da pressão que estava sentindo ultimamente. Voltámos pra sala e ele me avisou que poderíamos fazer aquilo todos os intervalos. Não sei se estaria fazendo a escolha certa mas naquele momento me pareceu o mais acertado.


(...)


Finalmente chegou o dia do meu aniversário. Nesta semana que passou fiquei sempre com Kauan e por incrível que pareça só vi Ashley duas vezes, mas mesmo assim foi o suficiente para ficar com mais duas marcas roxas. Mas quando estava com Kauan eu esquecia tudo, ele estava me fazendo bem e mostrando que eu poderia ficar bem.


- Mãe posso faltar na escola hoje? - pedi enquanto tomava o café da manhã.
- Fala com o seu pai, por mim tudo bem.
- Por mim também. - papai deu de ombros e sorri agradecida, ele não tinha implicado mais comigo e eu também tentava fazer o máximo para ele não perceber nada.


Minha madrinha me ligou me dando parabéns e como eu estava faltando na escola ela me convenceu a fazer o dia de mulherzinha hoje mesmo até antes da festa. Aceitei, seria bom relaxar.


(...)


Estava terminando de me arrumar quando mamãe entrou no quarto sorrindo. Ela estava linda com aquela barriguinha de quase 4 meses. Trazia em mãos uma caixinha.


- Quero que você abra mais logo tá bom? Meu presente pra você.
- Combinado mamãe, obrigada. - a abracei.
- Termina aí que as pessoas já já chegam.
- Papai já está no churrasco.
- Começou há pouco, cê sabe como ele adora. - ri assentindo.


Penteei meu cabelo e dei uma voltinha conferindo se estava perfeito. Papai tinha mandado mudar a água da piscina e eu esperava que a festa fosse um sucesso.




Desci e a campainha tocou, minha família já tinha chegado. Só poderiam ser os amigos dos meus pais ou os meus amigos. Fui abrir e dei de cara com Henrique sorrindo pequeno. O puxei para dentro e lhe dei um abraço.


- Você está chateado comigo ainda? - questionei num sussurro.
- Não, não consigo, você é minha melhor amiga, não consigo ficar de birra com você.
- Obrigada e desculpa.
- Nada não, só não se afasta mais de mim.
- Prometo que não.
- Toma seu presente. - me deu um saquinho e abri dando de cara com uma pulseirinha delicada com vários pingentes significativos.
- Obrigada Rique. - o abracei mais uma vez e fomos interrompidos por alguém pigarreando. - Kauan. - abri um sorriso e fui abraçá-lo.
- Que moça bonita. - me elogiou - Dá uma voltinha pra mim, dá. - me fez ficar sem graça. - Vem cá. - me puxou pela nuca e colou nossos lábios.
- Kauan, aqui não por favor.
- Desculpa. - riu e cumprimentou Henrique.
- Vocês namoram? - ele perguntou e vi em seu olhar alguma mágoa.
- Não, estamos nos conhecendo apenas. - expliquei - Meu pai está na churrasqueira Rique, ele vai gostar de te ver, eu já vou lá.
- Cecília mais tarde quero ficar a sós com você. - Kauan me sussurrou.
- Não vai dar, meu pai não me deixa sair com apenas 14 anos. - ele riu.
- Não precisámos sair, você só tem de dar um jeito de sumir um pouco comigo aqui mesmo, eu sei que você consegue.
- Mas porquê isso?
- Tenho o seu presente pra te dar gatinha.
- Eu vou tentar. - a campainha tocou novamente e um grupo enorme de colegas da minha turma estava ali, parece que combinaram todos de chegarem juntos.


Com a maioria dos convidados presentes fomos para a área externa onde a música tocava e algumas pessoas se atreviam a mergulhar. O dia estava maravilhoso. Vi meu pai conversar com Henrique e assim que me viu com Kauan semicerrou o olhar me olhando estranho. Sabia que mais tarde iria ouvir sermão. 



Amores fico super feliz que vocês estejam gostando desta fase da Ceci, em que ela narra e passa por problemas reais. Espero continuar a corresponder ás vossas expectativas. Obrigada de coração. 

Falando do capítulo: Cecília surpreendeu em aceitar comer o que baralhou um pouco o que Luan e Clara pensavam que era. Contudo Luan conversou com ela e ficou sabendo o mesmo, Cecília está guardando muita coisa para ela. Luan achou estranho a conversa da Ashley mas não desconfiou de nada. E essa virada da Ceci? Ela está ficando com o Kauan e a sacumbir ao vício. Até que ponto isso pode ser perigoso? Será que vai ser descoberta? Será que ela vai conseguir melhorar o estado médico? A festa de aniversário chegou, o que será que o Kauan quer com ela? Façam as suas apostas e comentem imensooooooooo ! kkkkkkkkk Beijos enormes <3





6 comentários:

  1. Ele vai fazer ela a usar alguma droga. É bom que alguém os encontrem na hora que eles "sumirem".

    Nega, não seja tão má, posta mais um hoje. Por Favor!!

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  2. Apenas chokada com a Cecília! Esse tal de Kauan tem lábia e ela está caindo na dele. Nem quero imaginar o que o Luan faria se a flagrasse fumando.
    E maldade ela beijar o Kauan na frente do Henrique, tadinho.
    Não demora a postar o próximo. Estamos curiosos! :D

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  3. Será que a Ceci tá com bulimia? Por isso que mesmo comendo tá perdendo peso. Ela come e depois vomita

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  4. Acho tão errado a Ceci ficar mentindo assim por Luan e a Clara. Henrique tem que fala tudo que sabe pro Luan.
    Bjooos

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  5. Ou ele vai dar droga ou vai tirar a virgindade dela!

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