Como ele pode ir pra
cama com outra depois daquele momento que tivemos? Não passou de uma mera
encenação pra me levar pra cama, certamente. Pois era essa a intenção dele e
depois me rejeitar como essazinhas que ele está habituado a comer. Mas ele está
muito enganado se acha que vai conseguir. Fiz o que tinha pra fazer e molhei a
cara tentando relaxar um pouco mas aquela imagem não saía da minha mente. Argh,
cafajeste, canalha, eu quase caí naquela ladainha toda. Saio do banheiro em
silêncio para que ele não perceba que estou ali, mas mesmo assim ele não
perceberá, com os gemidos da outra torna-se um caso complicado. Mas quando
levanto meu rosto para voltar para o quarto de Bruna me deparo com ele escorado
na porta do seu quarto me avaliando. Engulo em seco e quando dou um passo pra
sair ele me segura.
- Espera. Precisámos conversar.
- fala firme e puxo meu braço.
- Não temos nada pra falar, já
percebi o tipo de homem que você é e a idiota que eu seria se tivesse
prosseguido hoje mais cedo. Você confirma a cada dia aquilo que eu já
sabia, que você é um sem vergonha que não vale nada.
- Pára com isso. Me deixa
explicar.
- Você não me deve explicações,
não me é nada. - falo com raiva e ele se aproxima me fazendo recuar.
- Mas eu não quero que você
pense o pior de mim.
- Tarde demais. Mas quer saber
de uma coisa? Você poderia comer quantas quisesse, mas depois do que se
passou mais cedo com a gente esperava um pouco mais de consideração e
respeito. E pior é que você estava fazendo besteira debaixo do teto onde a
sua mãe e a sua irmã estão. - esbracejei e ele bufou visivelmente nervoso.
- Como você disse não temos
nada e eu não te faltei ao respeito coisa nenhuma.
- Claro que não, eu que sou a
doida. - ele ia protestar e meu celular tocou.
- Alô Fê.
- Oi
bonequinha, liguei pra te chamar para um barzinho agora, cê topa? A gente
pode comer alguma coisa por lá.
- Claro
gatinho, eu vou sim. Pode me pegar no Alphaville, estou em casa da Bruna? - Olhei Luan que cerrou os
punhos e passou a mão nos cabelos freneticamente.
- Mas é óbvio
que eu te busco. Em 15 minutos estou aí.
- Até já Fê,
beijo grande.
Assim que desliguei
Luan me olhava indecifrável e virei costas para sair mas novamente fui
interrompida pelo braço dele me puxando para o seu quarto.
- Me larga otário. - resmunguei
e ele me prensou na porta.
- "Fê,
gatinho, beijo grande". - repetia o que eu tinha dito com certo desdém -
Depois sou eu que te falto ao respeito e não tenho consideração. Você só
estava esperando ele te ligar para sair correndo atrás daquele malacabado.
- Não fala assim do Felipe, ele
é muito melhor do que você.
- Então porque não namora com
ele e pára de me atormentar com as suas provocações? - me olhava bem
próximo e não tinha como desviar.
- Não é da sua conta. Aliás,
nada que acontece na minha vida é da sua conta. Não te devo nada. Você
será apenas meu patrão e companheiro de clipe, o resto é resto e não passa
disso. - falei frustrada e se ele não segurasse meus pulsos eu teria voado
na cara dele.
- Fique sabendo que eu posso
ser o maior canalha do mundo mas também sei ser o homem que toda a mulher
sonha. E não adianta dizer que não
sonhou comigo uma única vez pelo menos. Tô mentindo? - Senti seu hálito a
menta se misturar com a minha respiração e busquei forças onde não
imaginava para o empurrar e sair correndo do seu quarto.
Bruna estava no
notebook e assim que entrei estranhou a demora e o meu estado um pouco nervoso.
Menti dizendo que estava com calor e que tinha de ir porque o Felipe me
esperava. Ela liberou a entrada dele e depois de me despedir dela saí.
- Oi princesa. - me
cumprimentou e puxou meu rosto para me dar um selinho, mas desviei
sentindo os seus lábios em meu rosto.
- Vamos Fê? - sugeri e ele me
olhou estranho mas não contestou, dando partida no carro.
Chegámos num
barzinho e pedimos uma pizza doce e outra salgada. Embora tivesse todo o
cuidado com a minha alimentação por causa da dança, precisava de algo assim para me acalmar e me
fazer esquecer do que anda acontecendo. Como é que alguém consegue mexer tanto
assim com todos os meus sentidos e me fazer ao mesmo tempo odiá-lo e desejá-lo?
Mas eu iria seguir em frente, ah se ia. A vida me ensinou a ser fria e se fosse
preciso, comigo ele conheceria o polo norte. Felipe estava todo carinhoso
comigo, me acariciando as mãos, os braços, o cabelo e depositando leves beijos
em meu rosto, e até me roubando selinhos sem eu contar. Ele era meu amigo, mas
não sentia nada por ele a não ser amizade, ele me fazia bem e foi por isso que
aceitei ficar com ele algumas vezes.
- Quero te levar num lugar aí.
- falou assim que terminámos a nossa bebida mais forte.
- Que lugar?
- Uma praça pra gente ficar mais à vontade. - falou
com segundas intenções e se eu queria fugir de qualquer investida dele,
naquele momento vi a oportunidade ideal de esquecer os momentos anteriores
e ter uma bela noite de safadeza, mesmo que não passasse apenas disso.
- Tô entendendo. - mordi o
lábio - Vamos logo Fê. - puxei-o para fora e assim que ele deu partida no
carro senti sua mão em minha coxa com leves movimentos circulares.
A pracinha era pouco
movimentada, e ele estacionou numa zona solitária, onde não havia ninguém.
Assim que tirámos os cintos ele me pegou pelo cabelo e me levou até à sua boca
sedenta. Subi para o seu colo e fui me movimentando em cima de si. Seus beijos ferozes
desceram para o meu pescoço e soltei leves gemidos percebendo o sentido que a
sua mão levava rumo à minha bunda. Ele despiu minha blusa e foi tecendo beijos
em meus seios. A pegada do Fê não era nada comparada à de Luan. Mas porque
raios estava eu pensando nele agora? Esquece Maria Clara Albuquerque.
- Você me deixa louco Clarinha.
Aguardava este momento há tanto tempo. - me confessou ao ouvido - Hoje
você será só minha. - aquelas palavras foi como um despertar e num impulso
nos parei o empurrando contra o banco me olhando sério e confuso.
- Isto é um erro. - afirmei, eu
não poderia transar com o Felipe, estaria sendo igual ou pior do que o
Luan e isso eu não o era. - Desculpa. - choraminguei - Eu não consigo
fazer isso. - vesti minha blusa. - Eu juro que queria mas você não me
merece, você merece alguém que te adore de verdade como homem. Obrigado
por ser um grande amigo mas eu não me sentiria bem se a gente continuasse,
eu sei que me arrependeria...
- Hey amor. - me interrompeu
emoldurando minha face com suas mãos - Não tem problema. Eu entendo tudo
isso. Apesar de eu querer mais com você, eu respeito a sua decisão. -
limpou uma lágrima teimosa que caiu de meu rosto. - Não vamos estragar a
linda amizade que temos por causa de um momento em que fomos levados por
desejos e não sentimentos.
- Obrigado Fê. - o abracei - Eu
queria poder retribuir tudo aquilo que você sente por mim, mas eu não
consigo.
- Já passou. - beijou meu ombro
descoberto. - Agora se arruma pra te deixar em casa.
- Eu não quero ir pra casa,
acho que vou ficar por aqui mesmo. Respirar um pouco e clarear as ideias.
- Tem certeza, não te quero
deixar sozinha por aqui.
- Não se preocupa, nada me vai
acontecer. Depois pego um táxi e vou pra casa.
- Me avisa quando chegar. -
assenti e voltei para o banco de carona me ajeitando.
Lhe dei um beijo no
rosto e saí pensativa demais. Minha cabeça estava girando. Eu sabia o que
queria, quer dizer, quem queria. Mas também tinha a certeza que depois tudo
seria diferente para pior. Não posso negar que me sinto altamente atraída por
Luan e que quero que a todo o momento ele me provoque e me desafie, me sinto
mais viva e confiante. Mas depois de tudo por que passei não me posso apegar a
esse pensamento. Luan viraria vício e não estou pronta para o suportar, pois
acabaria sofrendo de novo. Se bem que a única maneira de acabar com todo este
turbilhão é me desapegar de qualquer coisa e cair de cabeça, ele se
aproveitaria de mim e eu dele, mas sei que no final ele ultrapassaria esse
momento mais facilmente do que eu, que ficaria paranoica só de imaginar cada
detalhe.
Depois de um tempo
vagueando por ali decidi chamar um táxi. Como não vi nenhum ponto ali perto fui
a um café bem pequenino que se encontrava num canto da praça.
- Boa noite, sabe me dizer onde
posso encontrar um táxi por aqui?
- Boa noite senhorita. - o dono
me recebeu com um sorriso meigo - É meio difícil encontrar um táxi por
aqui a uma hora dessas. Normalmente eles não passam aqui não, o melhor e
mais seguro é você ligar a alguém conhecido para te vir pegar.
- Sério? - indaguei derrotada -
Sabe me dizer onde eu estou ao certo? Não conheço muito daqui ainda.
- Claro, está na Praça das Luzes.
- Obrigado. - pedi uma água
fresca e saí pensando em quem ligaria.
Não iria ligar ao
Felipe, pois não queria voltar a vê-lo. Hugo não estava em SP, meus pais muito
menos. Beatriz, é isso. Disquei o seu número e só depois me lembrei que ela
estava acompanhada e não queria estragar esse momento. Não me restavam muito
mais pessoas. Desde que me mudei para cá que só fiz amizade com Beatriz e
Felipe e mais recente com Bruna. Claro que tinha outros conhecidos, mas não
tinha confiança nenhuma para lhes pedir ajuda, até porque os poucos que eram
deveriam estar trabalhando ou na faculdade. Pensei, pensei e lembrei de Bruna.
- Bruna? Preciso da sua ajuda.
- fui logo falando.
- Opa, troca de favores é? -
disse brincando. - Fala Clarinha.
- Você pode me pegar numa praça
aqui em SP, não tem ponto de táxi e eu não tenho como voltar pra casa.
- Cê não estava com o Fê?
- Estava, mas é uma história
complicada, eu que quis ficar sozinha e acabei me dando mal. - ri triste.
- Amiga, eu te pegaria com todo
o gosto mas meu carro está na oficina e meu pai ainda não chegou do
escritório. E a Ferrari do meu irmão é pra esquecer, ele não me deixa
sequer entrar nela no carona sem ele - falou com calma como se
desculpando. - A não ser que...
- Não Bruna. - a interrompi, ela que nem pensasse em pedir a Luan pra me buscar. -Não tem problema, eu vou
arrumar alguém.
Desliguei e bebi
metade da garrafa me sentando num banco daquela pracinha pequena mas
acolhedora. Liguei para o Felipe mas só dava caixa postal, com certeza tinha
descarregado. Bufei impaciente e nervosa. Não seria possível que eu fosse ficar
ali sozinha sem ajuda, a imagem dele veio à cabeça. Aliás, ele
ainda não tinha saído dela. Eu teria de engolir meu orgulho e admitir que ele
era a única pessoa capaz de me ajudar.
Boa noite amorecos *-* Eita, Luan parece querer se explicar e Maria Clara lhe dá um gelo daqueles kkkkkk Ainda por cima o provoca com o Fê, mas parece que depois de deu mal e quem a irá salvar? Luan kkkkkk Será que vai dar certo? kkkkk Comentem bastante <3 Beijos enormes !!
meeeeeeeeeu Deus, eu preciso de mais, ta mt perfeito, to ansiosa aushhusauas beijos
ResponderEliminarAmanhã tem mais e vem muita coisa por ai,aguarde ahah Beijos Mary *.*
EliminarCriiis a Maria Clara e o Luan são simplesmente perfeeeeeitos ! Não comentei os capítulos anteriores mas estou apaixonada por essa fanfic <3 Tô na fissura agora ahah *O*
ResponderEliminarPriscila
Obrigado Pri *-* Tinha saudade sua ahahah Beijos amor !
Eliminartomara que o luan va pegala .
ResponderEliminarTomara né Cleane ! beijo linda
EliminarEssa carona promete coisa boa em ❤️🙈
ResponderEliminarCoisa boa? kkkkkkk Sei não amorzinho ahah <3
EliminarAi, tadinho do Felipe, gente. Foi todo animado e a Clara cortou ele kkkkk. Mas ele foi compreensivo.
ResponderEliminarE essa carona? Hmmm. Deixa eu ler o próximo.
kkkkkkk A Clara anda cortando demais, primeiro o Luan depois o Fê kkkkk Maldade !
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