- Parabéns por isso. – respondeu com um sorriso fraco. –
Vamos começar a aula.
- Acho que estou perdendo alguma coisa. – sussurrei para
Maria Clara
- O quê?
- É o que dá namorar uma mulher bonita que nem você. – ela
me olhou confusa mas sorriu de canto acariciando meu rosto.
A aula terminou e assim que me levantei uma galera se reuniu
para me pedir foto. Atendi a todos e quando estava terminando vi Clara
conversando com aquele professorzinho. Eles riam de alguma coisa e tirei o
resto das fotos apressado. Quando terminei chamei Clara. Entrelacei nossas mãos
e saímos.
- Está preparado para sair para os corredores onde a galera
está reunida no intervalo?
- Temos outra solução?
- Ir para a sala da próxima aula.
- Hum, me agrada. – a abracei pela cintura e seguimos.
A sala estava vazio e desta vez puxei Clara para a última
fileira, mesmo a contra gosto, ela aceitou. Nos sentamos e a beijei, estava com
saudade dela e aquela manhã grudados estava sendo melhor do que imaginei.
- Amor o que aquele cara queria? – perguntei espalhando
beijos pelo seu rosto.
- Ele veio me falar que a sobrinha dele queria fazer balé.
- Como ele sabe que você dança? – a encarei.
- Ele viu os cartazes que espalhei por aqui.
- Hum, e isso é motivo de riso? – retornei aos beijos, desta
vez em seu pescoço a ouvindo ofegar.
- A gente estava rindo de outra coisa.
- Do quê? – marquei seu pescoço e ela grunhiu.
- De você e da sua ousadia. – riu baixo.
- Sou motivo pra riso agora?
- Claro que não. - me parou me olhando. – O professor apenas
ficou admirado com isso.
- Hum, ele fala muito com você? Durante e no final das
aulas?
- Ás vezes.
- Ele nunca tentou nada né?
- Você está pensando que…- riu – Claro que não amor, pelo
menos nunca percebi nada.
- Já eu percebi tudo.
- Como assim?
- Ele ficou puto quando soube do nosso noivado e olhava
torto pra gente quando eu descansava minha mão em sua coxa.
- Você está vendo coisa.
- Veremos. – parti para um beijo avassalador.
Saímos da faculdade e Clara pediu para almoçar em casa dos
pais. Seu Carlos estava melhorzinho mas em repouso. Uma enfermeira estava
tomando conta dele ajudando D. Giovanna que continuava trabalhando.
- Filha ainda bem que correu tudo bem.
- Já passou mãe. – a abraçou.
- Eu senti que algo estava errado, ainda bem que o Luan
estava junto e foi atrás.
-É. – sorriu pra mim - Mãe, o que o pai teve pode ser
frequente?
- Não, foi algo pontual, provocado por algo que sonhou ou
assim. Talvez ele já tivesse pressentido algo com você.
Clara decidiu almoçar no quarto com o pai, enquanto fiquei
com Hugo e D. Giovanna na cozinha. Minha irmã se mudaria para ali na próxima
semana e já sabia que quando fosse na mamusca ela iria choramingar. Ri com meu
pensamento. Passámos nos meus pais para pegar Cecília. Assim que nos viu ela
correu, ai que saudade da minha moleca.
- Você se portou bem? – perguntei enquanto a abraçava.
- Sim papai, estava com tanta saudade. Porque não veio me
buscar ontem?
- Aconteceram umas coisas e não deu filha.
- Mamãe a vó Zete me ensinou como fazer um bolo. – pediu o
colo a Clara.
- Bolo de quê?
- De chocolate.
- Hum, então depois você ensina a mamãe pra gente fazer.
Minha mãe já sabia de tudo do sequestro e depois de lhe
garantir que estava tudo bem e de ela ver que Maria Clara estava bem melhor,
ficou tranquila. Como esperado choramingou quando falou de Bruna, mas era coisa
de mãe.
- Mas eu tenho uma novidade pra senhora.
- Espero que boa.
- Muito boa, vou ficar mais perto de você.
- Vocês vem morar aqui? – indagou empolgada.
- Não mamusca, a gente vai comprar uma casa aqui no
condomínio.
- Não escolhe muito longe filho, escolhe uma nesta rua por
favor.
- Pode deixar Mari, a gente vai escolher a que ficar mais
perto. – Clara garantiu.
Se queria matar a saudade das minhas meninas tinha de andar
com elas pra todo o lado. Mas até que não era mau, quebrava a rotina e conhecia
um pouco do dia-a-dia das duas. Na academia ajudei Cecília a se vestir, ela
ficava a coisa mais linda naquela roupa.
“ Papai que arrumou a
princesita ♥ “
- Amor que horas é a sua aula?
- Daqui a menos de duas horas Lu.
- O que você está fazendo aí? – me aproximei do balcão a
vendo mexer no computador.
- Conferindo umas coisas e vendo alguns emails. O seu Igor,
cê lembra né – assenti – Me propôs elaborar uma apresentação para mostrar no
dia da dança num teatro aqui em Sampa.
- Só você?
- Não Lu, com as crianças.
- Que legal, você vai né? – assentiu sorrindo.
Uma mulher mais ou menos da idade de Clara entrou e pela
simpatia de Cecília, percebi que era professora da academia.
- Boa tarde Rita.
- Boa tarde.
- Já conhece o Luan né?
- Quem não conhece. Prazer. – me cumprimentou com um beijo
no rosto.
- Como foi o jantar no outro dia?
- Foi maravilhoso.
- O jantar ou a companhia? – me peguei perguntando de quem
elas falavam, conversa de mulheres.
- Ambos, mas a companhia sem dúvida foi melhor.
- E a noite mais ainda. – Clara zoou a menina que sorriu
envergonhada.
- Você deveria ter me contado como ele era hein? Porque
senhor… - se abanou nos fazendo rir, mas não entendi a parte de que a Maria
Clara sabia como esse tal “ele” era.
- Gostou?
- Quem não gosta?
- Não é mau.
- Cê fala isso porque seu noivo está do lado.
- Mesmo se não estivesse, sei muito bem o que os dois vale,
mas te garanto que este bebezão aqui é bem melhor. – piscou o olho para Rita e
foi a minha vez de ficar sem jeito.
- Sorte a sua patroa. – riu saindo.
- Quem é “ele”?
- Marcos.
- O que esse cara… - ela me olhou feio – O que ele está
fazendo com ela?
- Naquele dia lá em casa ele falou que gostou do que viu
aqui lembra? Te contei que era da Rita.
- Sim. E?
- E que ele passou aqui no outro dia e levou a menina pra
jantar.
- Ele esteve aqui?
- Aham, é meu amigo, normal aparecer pra me ver.
- Espero que o motivo dele voltar a aparecer seja outro a
partir de agora.
- Ciumentinho. – me puxou para um beijo.
As crianças foram chegando com as mães que me vendo não
perderam oportunidade de tietar. Clara resmungou que assim não daria certo
porque atrasaria a aula, mas estava brincando, ela gostava de tudo isso. Saí
por alguns momentos para comprar alguma coisa na padaria. Estava correndo risco
sem Well mas era tão bom me sentir alguém normal mesmo que tivesse de andar
disfarçado com meu boné e óculos. Ninguém me reconheceu e comprei algumas
coisas para as minhas meninas comerem também. Voltei e encontrei o parvo do
professor que segurava a mão de uma menina e se já não bastasse Marcos estava
sentado na poltrona.
- Boa tarde. – falei e os dois me olharam. – Por aqui
Marcos?
- E aí Luan. – me cumprimentou um pouco surpreso por não o
tratar mal. – Vim ver uma certa pessoa.
- Já conheci, cê tem bom gosto cara. – rimos.
- É algo que temos em comum.
- Espero que seja a única coisa. – falei mais sério mas
rimos em seguida. - Está esperando alguma coisa? – indaguei ao professor e
coloquei algumas bebidas no frigobar que tinha ali atrás do balcão.
- A dona da academia.
- Ela está em aula.
- Já percebi, eu aguardo não tem problema, ela já sabe que
estou aqui.
- Tudo bem. – saí procurando a sala da Clarinha e como era
espelhado foi fácil. Fiquei observando e cada vez me encantava mais. Ela tinha
paixão ao fazer aquilo tal como eu tinha em cantar.
A aula terminou e depois de se despedir das crianças ela
veio ao meu encontro me beijando. Adorava essas demonstrações de carinho da
parte dela. Me sentia um sortudo. Ela cumprimentou o professor e dei o lanche a
Cecília que se sentou do lado de Marcos me chamando para me sentar do seu lado.
- Essa que é a Núria? Que menina linda.
- Obrigada moça.
- Vim inscreve-la nas suas aulas.
- Isso vai variar professor Eduardo.
- Me chama apenas de Eduardo. – pigarreei e Clara percebeu
ficando sem graça. – Eu queria que ela ficasse nas suas mesmo.
- Vamos ver se é possível. Quantos anos ela tem?
- Vai fazer sete.
- Teve sorte, ela pode ficar comigo sim, se fosse um pouco
mais velha tinha de ficar com a Rita.
Fez a inscrição e como eu não saía do pé de Clara ele foi
logo embora, não prolongando a conversa. Rita apareceu após acabar a aula e
ficou surpresa por ver Marcos ali. O mesmo se levantou e a beijou a
surpreendendo outra vez. Sorri para Clara que segurava um riso. Por mais que eu
não gostasse dele não podia negar que estava feliz em vê-lo em outra.
- Que sorriso é esse aí? -
se sentou comendo o que tinha comprado e me dando o meu lanche também.
- Nada, apenas estou feliz por ele, sei que agora não vai
correr atrás de você.
- Bobinho. – apertou minha bochecha - Filha gostou da aula?
- Muito mamãe, posso fazer a outra também.
- Não acha demais?
- Ontem não fiz.
- Tá bom então.
- O professor estava ou não de olho? – lhe perguntei
disfarçadamente.
- Amor não esquenta com isso, seria anti-ético se ele
tentasse alguma coisa, não iria colocar o emprego em risco né? Até porque de
nada lhe adiantaria, eu amo apenas você.
Em casa banhei Cecília e a deixei brincando no quarto.
Cheguei no meio do banho de Clara e comecei com as mãos bobas. A encostei na
parede fria a ouvindo gemer. O seu beijo era o melhor e sem ela esperar a
penetrei. Abafei seus gemidos com meus beijos e suas mãos arranhavam minhas
costas. A levei ao limite e ela me levou a mim. Terminámos nosso banho e depois
de arrumados fomos jantar. A campainha tocou e Clara se levantou para atender
voltando com Bia que não parecia nada bem.
- Oh menina que aconteceu? – perguntei e ela se sentou.
Clara lhe colocou um prato na frente e insistiu para que ela comesse.
- Não era preciso Ma, eu não tenho muita fome.
- Amor depois leva a Cecília pra dormir. – me fez entender
que o assunto era sério demais.
- Claro que levo, Bia come um pouco. – insisti e ela me deu
um pequeno sorriso.
Cecília queria ficar com a “tia” mas além de já ser tarde ela
precisava dormir pelo dia exaustivo que teve. Clara já tinha arrumado tudo e
fui ter com as duas na sala. Bia olhava para o nada com os olhos marejados.
- O que aquele moleque fez, hein Beatriz? – perguntei direto,
óbvio que era por homem.
- Amor não fala assim. – Clara sussurrou.
- Deixa Ma, ele tem razão. – deixou as lágrimas escapulirem
- O Denis me traiu.
- Como assim? Você descobriu como amiga? – Clara perguntou
não acreditando.
- Te falei que ele estava diferente. Quando lhe contei que
talvez me mudaria para aqui sozinha ele não esboçou nenhuma reação, era como se
não fizesse diferença. Aí num dia ele estava no banho e recebeu uma mensagem.
Eu não queria ver mas foi mais forte e era uma mensagem dela marcando um
encontro para mais tarde.
- Mas você tem certeza que era outra mulher?
- Tenho Ma. Ele tinha prometido passar a noite comigo e
depois arrumou uma desculpa de que um amigo estava precisando dele. Eu sabia
que era mentira e fui atrás. Eu o peguei em flagrante amiga.
- Canalha. – xinguei – Sabe o que é bom nisso Bia, é que
você será mais forte e não deixará qualquer um entrar na sua vida pra te
magoar. Você agora estará mais desconfiada e tenho a certeza que encontrará o
seu “Luan” perdido por aí. – brinquei um pouco com ela usando a história de
Clara.
- Quem dera Luan, dói muito sabe, eu nunca esperei sequer me
apaixonar assim por ele e muito menos sofrer por uma traição.
- Então limpa essas lágrimas, você é a Beatriz, aquela que
não deixa ninguém pisotear.
- Mas eu amo-o tanto Ma, ele disse que estava arrependido de
tudo mas não acredito.
- Não acredite mesmo. Agora está na hora de você mudar de
ares e seguir a sua vida aqui no apê.
- Vocês não se importam de o vender? – olhou de mim para
Clarinha.
- Claro que não Bia, eu sempre quis casa mas pra fazer o
gosto a essa guria vim morar aqui. – descontraí e elas riram.
- Obrigada de verdade, vocês são um casal incrível, quem
dera eu encontrar alguém assim.
- Vai encontrar. – Clara a abraçou. – Não quer ficar aqui
esta noite?
- Não quero dar trabalho.
- Que trabalho? Deixa de ser exagerada, dorme com a Cecília,
a cama dela é grande o suficiente. – me intrometi.
- Tá bom, eu fico. Posso tomar um banho?
- Claro amiga, vou pegar as coisas pra você.
Bia parecia um pouco melhor e fiquei pensando que as pessoas
nem sempre são o que parecem. O Denis sempre pareceu ser um bom rapaz, que
amava a Bia, e depois faz isto com ela. Já a Bia parecia do tipo que não
choraria por ninguém e aí estava ela, chorando por quem não merecia.
- Ainda bem que tenho você. – Clara se aconchegou em meu
peito assim que chegou no quarto.
- Eu te amo.
- Obrigada por me amar incondicionalmente. – me encarou
meiga e sorri sem jeito.
- Pra sempre, você é o amor da minha vida. – a beijei calmo
e nos cobri.
Era o meu último dia de folga e aproveitei para escolher a
nossa casa ali no condomínio. Como prometemos a mamusca, seria o mais perto
possível da sua casa e por sorte Clara amou uma casa bem no final da rua, tinha
um jardim enorme, piscina e a casa era bastante grande e acolhedora. Fechámos
negócio e agora era só decorar e nos mudar.
- Amor viaja comigo.
- Não posso Lu, amanhã ainda é sexta e tenho faculdade e
trabalho e a sua filha tem escola.
- Um dia não faz mal…
- Você já disse isso da outra vez. – me avisou e ri fraco.
- Tá bom, mas eu ainda vou dar o meu jeito.
- Só se for amarrada. – zoou e na hora tive uma ideia. Elas
viajariam comigo sim.
Enquanto Clara fazia o jantar tratei de arrumar a minha
mala, e arrumei a dela também. Fiz o mesmo com a de Cecília e escondi as duas.
Fiz de conta que estava indo embora no final da noite e saí ficando na van
junto com Rober.
- Luanzera vai demorar?
- Não sei testa, não quero chegar e elas acordarem fácil.
- Mas já esperamos duas horas.
- Vou mandar mensagem pra Clara. – mandei e ela não
respondeu, rezei para que estivessem dormindo e subi com Rober e Well.
Rober pegou em Cecília que ainda dormia e Well nas malas
delas. Fui ao meu quarto e Clara dormia serena. A embrulhei num cobertor por estar
apenas com a minha camiseta e a peguei no colo a levando para a van. Estava
fazendo uma espécie de sequestro… ops, melhor não usar essa palavra. Apenas
estava levando-as para perto de mim, onde é o lugar delas. Na van as deitei
confortável e seguimos para o aero. Estavam dormindo tão bem que nem deram
conta do Bicuço decolar. Aproveitei para dormir também e só quando estávamos
aterrando Clara acordou um pouco assustada me olhando perplexa não entendendo
nada do que estava acontecendo.
Heyyyyy! Voltei. Esta semana fiquei inspirada e escrevi alguns capítulos. Por isso comentem e não me abandonem please! Professor anda atrás da Clara segundo Luan, acham que ele tem razão? Acham que vai rolar alguma coisa? Parece que Luan está suportando um pouco mais Marcos kkkkk Será que vão parar de se irritarem um ao outro? kkkk E agora, Luan resolveu raptar as meninas dele kkkkk Clara acordou, acham que Luan vai apanhar? kkkk Comentem por favor, se comentarem muito eu libero outro ;) Beijos! <3
Caalma Luan, coitado do professor viu kkkk ja ta na mira do Luh. E ainda bem que o Marcos encontrou outra pessoa pra fazer eles feliz *-* ele merece e o Luan assim acaba largando do pé dele e deixando ele ser amigo da Maria.
ResponderEliminarQue Denis nojento! BIAAAA SUA MARAVILHOSA DIVA, VOCÊ MERECE UM HARRY GOSTOSO PRA TE FAZER MUITO FELIZ, ta parei. Espero que a Bia dê a volta por cima ¬¬
E esse plano do Luan? Esse menino é doido? A Maria vai matar ele, quero nem ver kkk mentira, quero sim. Continuaaaaaaaaaaa
Luan coloca todos os homens na mira kkkk
EliminarMerece amiga e já dei o meu jeito ^.^
Posta mais amor ta perfeitaaa
ResponderEliminarJá tem mais pequenina *-* Obrigado viu? <3
EliminarAí meu Deus a Clara vai dar um surto hahaha to doida para ver isso posta mais
ResponderEliminarJá postei, cê viu? :p
EliminarVoltou ! O final desse capítulo foi o melhor kkkk . Levando elas pra perto de mim . AiAi só podia ser ideia de Luan. *Laiaraujo
ResponderEliminarkkkk Luan é doidinho amor!
EliminarGeeeeente,Luan travesso hahahahha @natycaprioli_
ResponderEliminarLuan tem falta de juízo kkkk
EliminarAcho que o Luan está imaginando coisas. Acho que esse professor não está interessado na Maria. Ou será que está?
ResponderEliminarCoitada da Bia, não deu sorte no amor.
Quero ver a reação da Maria haha.
A Bia ainda vai dar certo kkkkk me aguarde :p
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