terça-feira, 25 de agosto de 2015

Capítulo 76

- Parabéns por isso. – respondeu com um sorriso fraco. – Vamos começar a aula.
- Acho que estou perdendo alguma coisa. – sussurrei para Maria Clara
- O quê?
- É o que dá namorar uma mulher bonita que nem você. – ela me olhou confusa mas sorriu de canto acariciando meu rosto.


A aula terminou e assim que me levantei uma galera se reuniu para me pedir foto. Atendi a todos e quando estava terminando vi Clara conversando com aquele professorzinho. Eles riam de alguma coisa e tirei o resto das fotos apressado. Quando terminei chamei Clara. Entrelacei nossas mãos e saímos.


- Está preparado para sair para os corredores onde a galera está reunida no intervalo?
- Temos outra solução?
- Ir para a sala da próxima aula.
- Hum, me agrada. – a abracei pela cintura e seguimos.


A sala estava vazio e desta vez puxei Clara para a última fileira, mesmo a contra gosto, ela aceitou. Nos sentamos e a beijei, estava com saudade dela e aquela manhã grudados estava sendo melhor do que imaginei.


- Amor o que aquele cara queria? – perguntei espalhando beijos pelo seu rosto.
- Ele veio me falar que a sobrinha dele queria fazer balé.
- Como ele sabe que você dança? – a encarei.
- Ele viu os cartazes que espalhei por aqui.
- Hum, e isso é motivo de riso? – retornei aos beijos, desta vez em seu pescoço a ouvindo ofegar.
- A gente estava rindo de outra coisa.
- Do quê? – marquei seu pescoço e ela grunhiu.
- De você e da sua ousadia. – riu baixo.
- Sou motivo pra riso agora?
- Claro que não. - me parou me olhando. – O professor apenas ficou admirado com isso.
- Hum, ele fala muito com você? Durante e no final das aulas?
- Ás vezes.
- Ele nunca tentou nada né?
- Você está pensando que…- riu – Claro que não amor, pelo menos nunca percebi nada.
- Já eu percebi tudo.
- Como assim?
- Ele ficou puto quando soube do nosso noivado e olhava torto pra gente quando eu descansava minha mão em sua coxa.
- Você está vendo coisa.
- Veremos. – parti para um beijo avassalador.


Saímos da faculdade e Clara pediu para almoçar em casa dos pais. Seu Carlos estava melhorzinho mas em repouso. Uma enfermeira estava tomando conta dele ajudando D. Giovanna que continuava trabalhando.


- Filha ainda bem que correu tudo bem.
- Já passou mãe. – a abraçou.
- Eu senti que algo estava errado, ainda bem que o Luan estava junto e foi atrás.
-É. – sorriu pra mim - Mãe, o que o pai teve pode ser frequente?
- Não, foi algo pontual, provocado por algo que sonhou ou assim. Talvez ele já tivesse pressentido algo com você.


Clara decidiu almoçar no quarto com o pai, enquanto fiquei com Hugo e D. Giovanna na cozinha. Minha irmã se mudaria para ali na próxima semana e já sabia que quando fosse na mamusca ela iria choramingar. Ri com meu pensamento. Passámos nos meus pais para pegar Cecília. Assim que nos viu ela correu, ai que saudade da minha moleca.


- Você se portou bem? – perguntei enquanto a abraçava.
- Sim papai, estava com tanta saudade. Porque não veio me buscar ontem?
- Aconteceram umas coisas e não deu filha.
- Mamãe a vó Zete me ensinou como fazer um bolo. – pediu o colo a Clara.
- Bolo de quê?
- De chocolate.
- Hum, então depois você ensina a mamãe pra gente fazer.


Minha mãe já sabia de tudo do sequestro e depois de lhe garantir que estava tudo bem e de ela ver que Maria Clara estava bem melhor, ficou tranquila. Como esperado choramingou quando falou de Bruna, mas era coisa de mãe.


- Mas eu tenho uma novidade pra senhora.
- Espero que boa.
- Muito boa, vou ficar mais perto de você.
- Vocês vem morar aqui? – indagou empolgada.
- Não mamusca, a gente vai comprar uma casa aqui no condomínio.
- Não escolhe muito longe filho, escolhe uma nesta rua por favor.
- Pode deixar Mari, a gente vai escolher a que ficar mais perto. – Clara garantiu.


Se queria matar a saudade das minhas meninas tinha de andar com elas pra todo o lado. Mas até que não era mau, quebrava a rotina e conhecia um pouco do dia-a-dia das duas. Na academia ajudei Cecília a se vestir, ela ficava a coisa mais linda naquela roupa.



Papai que arrumou a princesita ♥ “


- Amor que horas é a sua aula?
- Daqui a menos de duas horas Lu.
- O que você está fazendo aí? – me aproximei do balcão a vendo mexer no computador.
- Conferindo umas coisas e vendo alguns emails. O seu Igor, cê lembra né – assenti – Me propôs elaborar uma apresentação para mostrar no dia da dança num teatro aqui em Sampa.
- Só você?
- Não Lu, com as crianças.
- Que legal, você vai né? – assentiu sorrindo.


Uma mulher mais ou menos da idade de Clara entrou e pela simpatia de Cecília, percebi que era professora da academia.


- Boa tarde Rita.
- Boa tarde.
- Já conhece o Luan né?
- Quem não conhece. Prazer. – me cumprimentou com um beijo no rosto.
- Como foi o jantar no outro dia?
- Foi maravilhoso.
- O jantar ou a companhia? – me peguei perguntando de quem elas falavam, conversa de mulheres.
- Ambos, mas a companhia sem dúvida foi melhor.
- E a noite mais ainda. – Clara zoou a menina que sorriu envergonhada.
- Você deveria ter me contado como ele era hein? Porque senhor… - se abanou nos fazendo rir, mas não entendi a parte de que a Maria Clara sabia como esse tal “ele” era.
- Gostou?
- Quem não gosta?
- Não é mau.
- Cê fala isso porque seu noivo está do lado.
- Mesmo se não estivesse, sei muito bem o que os dois vale, mas te garanto que este bebezão aqui é bem melhor. – piscou o olho para Rita e foi a minha vez de ficar sem jeito.
- Sorte a sua patroa. – riu saindo.
- Quem é “ele”?
- Marcos.
- O que esse cara… - ela me olhou feio – O que ele está fazendo com ela?
- Naquele dia lá em casa ele falou que gostou do que viu aqui lembra? Te contei que era da Rita.
- Sim. E?
- E que ele passou aqui no outro dia e levou a menina pra jantar.
- Ele esteve aqui?
- Aham, é meu amigo, normal aparecer pra me ver.
- Espero que o motivo dele voltar a aparecer seja outro a partir de agora.
- Ciumentinho. – me puxou para um beijo.


As crianças foram chegando com as mães que me vendo não perderam oportunidade de tietar. Clara resmungou que assim não daria certo porque atrasaria a aula, mas estava brincando, ela gostava de tudo isso. Saí por alguns momentos para comprar alguma coisa na padaria. Estava correndo risco sem Well mas era tão bom me sentir alguém normal mesmo que tivesse de andar disfarçado com meu boné e óculos. Ninguém me reconheceu e comprei algumas coisas para as minhas meninas comerem também. Voltei e encontrei o parvo do professor que segurava a mão de uma menina e se já não bastasse Marcos estava sentado na poltrona.


- Boa tarde. – falei e os dois me olharam. – Por aqui Marcos?
- E aí Luan. – me cumprimentou um pouco surpreso por não o tratar mal. – Vim ver uma certa pessoa.
- Já conheci, cê tem bom gosto cara. – rimos.
- É algo que temos em comum.
- Espero que seja a única coisa. – falei mais sério mas rimos em seguida. - Está esperando alguma coisa? – indaguei ao professor e coloquei algumas bebidas no frigobar que tinha ali atrás do balcão.
- A dona da academia.
- Ela está em aula.
- Já percebi, eu aguardo não tem problema, ela já sabe que estou aqui.
- Tudo bem. – saí procurando a sala da Clarinha e como era espelhado foi fácil. Fiquei observando e cada vez me encantava mais. Ela tinha paixão ao fazer aquilo tal como eu tinha em cantar.


A aula terminou e depois de se despedir das crianças ela veio ao meu encontro me beijando. Adorava essas demonstrações de carinho da parte dela. Me sentia um sortudo. Ela cumprimentou o professor e dei o lanche a Cecília que se sentou do lado de Marcos me chamando para me sentar do seu lado.


- Essa que é a Núria? Que menina linda.
- Obrigada moça.
- Vim inscreve-la nas suas aulas.
- Isso vai variar professor Eduardo.
- Me chama apenas de Eduardo. – pigarreei e Clara percebeu ficando sem graça. – Eu queria que ela ficasse nas suas mesmo.
- Vamos ver se é possível. Quantos anos ela tem?
- Vai fazer sete.
- Teve sorte, ela pode ficar comigo sim, se fosse um pouco mais velha tinha de ficar com a Rita.


Fez a inscrição e como eu não saía do pé de Clara ele foi logo embora, não prolongando a conversa. Rita apareceu após acabar a aula e ficou surpresa por ver Marcos ali. O mesmo se levantou e a beijou a surpreendendo outra vez. Sorri para Clara que segurava um riso. Por mais que eu não gostasse dele não podia negar que estava feliz em vê-lo em outra.


- Que sorriso é esse aí? -  se sentou comendo o que tinha comprado e me dando o meu lanche também.
- Nada, apenas estou feliz por ele, sei que agora não vai correr atrás de você.
- Bobinho. – apertou minha bochecha - Filha gostou da aula?
- Muito mamãe, posso fazer a outra também.
- Não acha demais?
- Ontem não fiz.
- Tá bom então.
- O professor estava ou não de olho? – lhe perguntei disfarçadamente.
- Amor não esquenta com isso, seria anti-ético se ele tentasse alguma coisa, não iria colocar o emprego em risco né? Até porque de nada lhe adiantaria, eu amo apenas você.


Em casa banhei Cecília e a deixei brincando no quarto. Cheguei no meio do banho de Clara e comecei com as mãos bobas. A encostei na parede fria a ouvindo gemer. O seu beijo era o melhor e sem ela esperar a penetrei. Abafei seus gemidos com meus beijos e suas mãos arranhavam minhas costas. A levei ao limite e ela me levou a mim. Terminámos nosso banho e depois de arrumados fomos jantar. A campainha tocou e Clara se levantou para atender voltando com Bia que não parecia nada bem.


- Oh menina que aconteceu? – perguntei e ela se sentou. Clara lhe colocou um prato na frente e insistiu para que ela comesse.
- Não era preciso Ma, eu não tenho muita fome.
- Amor depois leva a Cecília pra dormir. – me fez entender que o assunto era sério demais.
- Claro que levo, Bia come um pouco. – insisti e ela me deu um pequeno sorriso.


Cecília queria ficar com a “tia” mas além de já ser tarde ela precisava dormir pelo dia exaustivo que teve. Clara já tinha arrumado tudo e fui ter com as duas na sala. Bia olhava para o nada com os olhos marejados.


- O que aquele moleque fez, hein Beatriz? – perguntei direto, óbvio que era por homem.
- Amor não fala assim. – Clara sussurrou.
- Deixa Ma, ele tem razão. – deixou as lágrimas escapulirem - O Denis me traiu.
- Como assim? Você descobriu como amiga? – Clara perguntou não acreditando.
- Te falei que ele estava diferente. Quando lhe contei que talvez me mudaria para aqui sozinha ele não esboçou nenhuma reação, era como se não fizesse diferença. Aí num dia ele estava no banho e recebeu uma mensagem. Eu não queria ver mas foi mais forte e era uma mensagem dela marcando um encontro para mais tarde.
- Mas você tem certeza que era outra mulher?
- Tenho Ma. Ele tinha prometido passar a noite comigo e depois arrumou uma desculpa de que um amigo estava precisando dele. Eu sabia que era mentira e fui atrás. Eu o peguei em flagrante amiga.
- Canalha. – xinguei – Sabe o que é bom nisso Bia, é que você será mais forte e não deixará qualquer um entrar na sua vida pra te magoar. Você agora estará mais desconfiada e tenho a certeza que encontrará o seu “Luan” perdido por aí. – brinquei um pouco com ela usando a história de Clara.
- Quem dera Luan, dói muito sabe, eu nunca esperei sequer me apaixonar assim por ele e muito menos sofrer por uma traição.
- Então limpa essas lágrimas, você é a Beatriz, aquela que não deixa ninguém pisotear.
- Mas eu amo-o tanto Ma, ele disse que estava arrependido de tudo mas não acredito.
- Não acredite mesmo. Agora está na hora de você mudar de ares e seguir a sua vida aqui no apê.
- Vocês não se importam de o vender? – olhou de mim para Clarinha.
- Claro que não Bia, eu sempre quis casa mas pra fazer o gosto a essa guria vim morar aqui. – descontraí e elas riram.
- Obrigada de verdade, vocês são um casal incrível, quem dera eu encontrar alguém assim.
- Vai encontrar. – Clara a abraçou. – Não quer ficar aqui esta noite?
- Não quero dar trabalho.
- Que trabalho? Deixa de ser exagerada, dorme com a Cecília, a cama dela é grande o suficiente. – me intrometi.
- Tá bom, eu fico. Posso tomar um banho?
- Claro amiga, vou pegar as coisas pra você.


Bia parecia um pouco melhor e fiquei pensando que as pessoas nem sempre são o que parecem. O Denis sempre pareceu ser um bom rapaz, que amava a Bia, e depois faz isto com ela. Já a Bia parecia do tipo que não choraria por ninguém e aí estava ela, chorando por quem não merecia.


- Ainda bem que tenho você. – Clara se aconchegou em meu peito assim que chegou no quarto.
- Eu te amo.
- Obrigada por me amar incondicionalmente. – me encarou meiga e sorri sem jeito.
- Pra sempre, você é o amor da minha vida. – a beijei calmo e nos cobri.


Era o meu último dia de folga e aproveitei para escolher a nossa casa ali no condomínio. Como prometemos a mamusca, seria o mais perto possível da sua casa e por sorte Clara amou uma casa bem no final da rua, tinha um jardim enorme, piscina e a casa era bastante grande e acolhedora. Fechámos negócio e agora era só decorar e nos mudar.


- Amor viaja comigo.
- Não posso Lu, amanhã ainda é sexta e tenho faculdade e trabalho e a sua filha tem escola.
- Um dia não faz mal…
- Você já disse isso da outra vez. – me avisou e ri fraco.
- Tá bom, mas eu ainda vou dar o meu jeito.
- Só se for amarrada. – zoou e na hora tive uma ideia. Elas viajariam comigo sim.


Enquanto Clara fazia o jantar tratei de arrumar a minha mala, e arrumei a dela também. Fiz o mesmo com a de Cecília e escondi as duas. Fiz de conta que estava indo embora no final da noite e saí ficando na van junto com Rober.


- Luanzera vai demorar?
- Não sei testa, não quero chegar e elas acordarem fácil.
- Mas já esperamos duas horas.
- Vou mandar mensagem pra Clara. – mandei e ela não respondeu, rezei para que estivessem dormindo e subi com Rober e Well.



Rober pegou em Cecília que ainda dormia e Well nas malas delas. Fui ao meu quarto e Clara dormia serena. A embrulhei num cobertor por estar apenas com a minha camiseta e a peguei no colo a levando para a van. Estava fazendo uma espécie de sequestro… ops, melhor não usar essa palavra. Apenas estava levando-as para perto de mim, onde é o lugar delas. Na van as deitei confortável e seguimos para o aero. Estavam dormindo tão bem que nem deram conta do Bicuço decolar. Aproveitei para dormir também e só quando estávamos aterrando Clara acordou um pouco assustada me olhando perplexa não entendendo nada do que estava acontecendo. 




Heyyyyy! Voltei. Esta semana fiquei inspirada e escrevi alguns capítulos. Por isso comentem e não me abandonem please! Professor anda atrás da Clara segundo Luan, acham que ele tem razão? Acham que vai rolar alguma coisa? Parece que Luan está suportando um pouco mais Marcos kkkkk Será que vão parar de se irritarem um ao outro? kkkk E agora, Luan resolveu raptar as meninas dele kkkkk Clara acordou, acham que Luan vai apanhar? kkkk Comentem por favor, se comentarem muito eu libero outro  ;) Beijos! <3


12 comentários:

  1. Caalma Luan, coitado do professor viu kkkk ja ta na mira do Luh. E ainda bem que o Marcos encontrou outra pessoa pra fazer eles feliz *-* ele merece e o Luan assim acaba largando do pé dele e deixando ele ser amigo da Maria.
    Que Denis nojento! BIAAAA SUA MARAVILHOSA DIVA, VOCÊ MERECE UM HARRY GOSTOSO PRA TE FAZER MUITO FELIZ, ta parei. Espero que a Bia dê a volta por cima ¬¬
    E esse plano do Luan? Esse menino é doido? A Maria vai matar ele, quero nem ver kkk mentira, quero sim. Continuaaaaaaaaaaa

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    1. Luan coloca todos os homens na mira kkkk
      Merece amiga e já dei o meu jeito ^.^

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  2. Aí meu Deus a Clara vai dar um surto hahaha to doida para ver isso posta mais

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  3. Voltou ! O final desse capítulo foi o melhor kkkk . Levando elas pra perto de mim . AiAi só podia ser ideia de Luan. *Laiaraujo

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  4. Geeeeente,Luan travesso hahahahha @natycaprioli_

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  5. Acho que o Luan está imaginando coisas. Acho que esse professor não está interessado na Maria. Ou será que está?
    Coitada da Bia, não deu sorte no amor.
    Quero ver a reação da Maria haha.

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