Capítulo 19

- Clarinha olha aí. - apontei para uma capela iluminada.
- Vamos lá ver. - ela me puxou atravessando a rua.

- O que é Maria Clara? Lê aí. 

- É uma capela que realiza casamentos sem nenhuma legalidade, e o padre... - riu descontrolada.

- Que tem o padre?

- É um homem vestido de Elvis. - rimos os dois. 

- Vamos entrar?

- Só pra ver?- perguntou e assenti. 

Entramos na capela e um casal estava se casando, eu já tinha ouvido falar destes casamentos de Las Vegas, em que é sem qualquer valor legal mas que é simbólico e louco demais. O padre como Clara disse era o Elvis e me fez rir. Nos sentamos numa das cadeiras e ficámos assistindo, no final o casal cantou com o Elvis e era muito massa. Clara ria e eu a acompanhava. 

- Vamos casar Clara? - propus e ela me olhou estranha segurando o riso.

- Você quer casar Luan? 

- Só se for agora. - rimos.

- Eu topo. - me surpreendeu aceitando e se levantou primeiro do que eu. 

Seguimos até aos responsáveis que estavam ali e Clarinha falou com eles que riam a cada palavra que ela dizia. 

- Eles dizem que tem de ser reservado antes.

- Diz que eu pago bem. - ri e ela continuou conversando. 

- Está pronto?

- Aceitaram? - ela assentiu e ri.

- Simbora Clarinha. 

Ela me guiou para o altar e o Padre começou falando, eu não entendia nada mas a Clarinha ia me traduzindo aos poucos enquanto ria pelo meio. 

- Luan não temos alianças. - me olhou engraçado.

- Ué. - tirei um anel meu e um dos dela e fizemos de conta que eram alianças.

- Este é sem dúvida o momento mais louco da minha vida. - falei enquanto lhe colocava o anel. 

- E aquele que valerá ser relembrado sempre em meio à alegria. - foi a vez dela.

Pelos gestos que o padre fez percebi que a podia beijar e a deitei para trás a beijando daquele jeito com direito a tudo. Algumas pessoas que assistiam bateram palmas o que nos fez rir ainda mais. 

- Pede aí para eu cantar Suspicious Mind. - indiquei a Clara e ela falou com o padre que assentiu prontamente. 

Como andava ensaiando essa música para a nova tour que seria sobre o DVD que gravaria, me sentia confortável em cantá-la. Me deram um micro e soltei o verbo.

Óbvio que arranquei sorrisos da Clara e de todos que assistiam. Pois só ela sabia que eu era cantor, mas todos se surpreenderam ao me ouvir. Terminei rindo e depois de pagar tudo e tirado algumas fotos peguei na mão de Clara, que segurava um papel, e saímos correndo feito malucos. 

- Sabe o que os casais fazem depois de casar? - ela perguntou me parando no meio da rua.

- Vão pra festa?

- Não, vão pro quarto se divertirem ainda mais. - riu e percebi o que ela quis dizer e corremos para pegar um táxi. 

Já a caminho do hotel nos pegámos fazendo o taxista rir do nosso estado. Chegámos e fomos logo subindo. Como o meu quarto ficava mais perto do elevador foi nesse mesmo que entrámos. 

- Você vai ser só minha. - lhe disse e ela sorriu de canto safadinha.

- Me agrada saber disso porque você será só meu também. 

Saltou para o meu colo e foi logo me beijando enquanto a segurava. Fui caminhando até à cama e a deitei, a bebiba ainda fazia efeito em nosso sangue mas naquele momento foi como se fossemos apenas nós no nosso estado mais normal. Mesmo isso não sendo verdade. Beijei a sua boca e fui descendo meus beijos pelo seu pescoço descendo a alça do seu vestido. Me levantei um pouco e tirei as suas botas beijando desde os seus pés até à sua boca. Ela tirou minha blusa e teceu beijos pelo meu peitoral enquanto as suas mãos arranhavam minhas costas. A sentei e abri o zíper do seu vestido o atirando para um canto qualquer do quarto. Beijei sua barriga e fui subindo até seus seios onde delicadamente tirei seu soutien e os abocanhei. 

Clara suspirava e isso me atiçava bem mais. Ela abriu minha calça e a desceu com os pés. Tirei meu coturno e me livrei das calças. Senti as mãos dela descerem timidamente pelo meu corpo até chegar no meu amiguinho. A beijei de uma forma que ela não se esquecesse do meu beijo nem tão pouco dos meus toques em si. Ela fez força e nos virou ficando por cima de mim. Mordeu minha barriga e foi subindo até ao meu pescoço se vingando das marcas que deixei no seu. As suas mãos pequenas e delicadas percorriam cada parte de mim e com o desejo à flor da pele arranquei a calcinha de seu corpo a rasgando. Ela riu e fez o mesmo com minha cueca, mas apenas a tirou. a fiz cair na cama e me coloquei por cima a preparando para mim. Beijei seus lábios e aos poucos fui a invadindo estocando bem devagar de início. 

- Luan não faz assim, vai logo de uma vez.

- Tá apressada?

- Tô desejosa. - me sussurrou ofegante e foi o impulso para estocar com mais força.

Os seus gemidos eram incontroláveis e só me incentivava a continuar até a ter por inteiro gemendo meu nome. Estoquei mais um pouco e cheguei ao meu limite também. Me deitei do seu lado e ela apoiou sua cabeça em meu peito. 

- Nossa. - ela falou rindo - Foi a melhor transa da minha vida.

- Jura? - perguntei sério.

- Juro, de verdade. Nunca ninguém me tinha conseguido envolver tão rápido e me dado tanto prazer assim.

- Era tudo um bando de frouxo, mas agora você viu o que andou perdendo. - brinquei rindo.

- Mas valeu a pena. - beijou meu peito e foi com a sua mão de volta ao junior o estimulando de novo.

- Clarinha... - ofeguei.

- Shiu. - me ordenou e depois de um tempo subiu em meu colo e a penetrei.

 Os nosso movimentos contrários trouxeram de novo o desejo e senti o prazer me invadir. Clara cavalgava com uma elegância que só ela tinha. Seus cabelos loiros caindo em seu rosto enquanto ela suava e falava palavras soltas que me deixavam maluco. Apertei suas coxas com maestria e a ajudei nos movimentos estocando cada vez mais rápido até a sentir chegar ao seu ponto absoluto de prazer e se deleitar em mim assim como eu nela. Terminámos com um beijo de tirar o fôlego e ela se deitou em cima de mim descansando. 

- Vai me dar patadas agora? - indaguei e ri.

- Se você me fizer sentir sempre esta sensação, não. - me olhou e sorri de canto - Desde que eu saiba que o seu prazer é só meu. - aí é que o bicho pegou, ela estava insinuando que eu teria de ser só dela e não poderia ficar com mais ninguém.

Não sei até que ponto eu conseguiria suportar isso, até porque o que sentia por Clara não era amor, eu tinha sim um carinho por ela, mas eu sentia uma baita atração. Acho que o que ela sente é recíproco, quer dizer, achava, porque agora fiquei confuso. 

- Você sabe que não é assim tão simples né? - perguntei enquanto começava um cafuné em seus cabelos. 

- É só você querer. Se realmente está interessado em mim como parece estar as outras são apenas outras e não interessam. Agora se tudo não passa de mera atração acho que não temos mais nada pra falar. - disse com um pouco de mágoa na voz e suspirei fundo.

- Você está preparada para ficar sempre comigo? - perguntei curioso. 

- Tentar não custa nada. - me surpreendeu, assim como o fez desde o início da noite, não estava à espera dessa resposta. 

Realmente eu queria ficar com ela outras vezes, mas por outro lado acho que estaria dando um passo muito além daquilo que quero neste momento. 

- E se a gente ficar mas se rolar atração com outras pessoas ficar com elas também? - ela ficou em silêncio e se levantou cambaleando indo ao banheiro. 

Fiquei esperando ela voltar mas isso não aconteceu, pois ela ligou o chuveiro. Me sentei na beira da cama e fiquei pensando no que ela me propôs. Clara não gostava desse meu lado pegador, e eu precisava de tempo para assimilar tudo e me desapegar dessa vida. Mas acho que por ela valia a pena esse esforço. Me levantei e entrei no banheiro a vendo tomar um banho pensativa. Entrei no box e ela abriu os olhos me olhando mas logo desviou.

- Hey, é melhor a gente conversar amanhã quando estivermos sóbrios.

- Aham, você tem razão. E, desculpa te falar aquelas coisas, eu sei que deve ser estranho pra você ouvir isso, não tenho esse direito. Não sou ninguém para te impor regras. 

- Você não me impôs nada, apenas falou aquilo que acha e eu vou levar em consideração. Mas amanhã a gente fala. Agora vem cá. - a puxei para um abraço e ela beijou meu peito. 

- Eu quero você de novo. - me pediu com aqueles olhos de criança doces e não tive como negar, até porque não queria. 

A impulsionei e ela enlaçou suas pernas em minha cintura enquanto me beijava carinhosa, senti que ela não queria algo intenso, mas algo demorado e cuidadoso. A encostei na parede do box e com o choque térmico ela se arrepiou grunhindo em meus lábios. Beijei cada um de seus seios e ela enroscou sua mão em meus cabelos. Fui a invadindo lentamente e ela logo ofegou, fui o mais carinhoso possível e ela me fazia carinhos enquanto o seu olhar estava preso ao meu. Não a deixei quebrar isso e a fiz chegar pela terceira vez ao ápice naquela noite. Encostei nossas testas e senti sua respiração pesada, enquanto tentava compassar a minha. A desci e ficámos abraçados. 

- Obrigado por não ter desistido de ficar comigo. - me confessou - Não me arrependo de nada desde o segundo em que aceitei.

- Acredita que eu me sinto um homem realizado em te poder proporcionar toda essa alegria e satisfação. 

- Você sabe como tratar uma mulher do jeito que ela merece.

- Eu sei valorizar cada uma, algumas mais que outras.

- Em qual dessas eu e insiro? - riu com a cabeça em meu ombro. 

- Em nenhuma. - ela me encarou com os olhos semicerrados. - Você se insere num grupo onde só está você, daquelas que merecem ser valorizados em todos os momentos, não só nestes carnais, você merece ser tocada com toda a delicadeza e beijada com toda intensidade. Merece ser levada ao máximo que pode suportar como a mulher mais apaixonante que existe. Merece ser admirada em cada olhar, cada gesto e palavra. Você merece um amor que te consuma e que te faça viver ao máximo, sem medo de arriscar, merece um amor louco, que te faça sentir viva. - ela me olhou doce e vi algumas lágrimas verterem pelo canto de seus olhos se misturando com água que caía do chuveiro.

- Nunca ninguém me disse essas coisas tão lindas. - choramingou se encaixando entre meu pescoço e meu ombro.

- Porque nunca ninguém te viu como eu vejo. - falei sem pensar e ela voltou a me olhar. 

- Como você me vê? - limpou o seu rosto e engoli em seco, pois não esperava ter falado aquilo, mas seria sincero.

- Uma mulher que merece ser muito amada, de verdade. 

- Espero que um dia o seja. - sorriu triste e terminou de se banhar.

Saí atrás dela e depois de nos enxugarmos lhe dei uma blusa minha. Nos deitamos cansados depois da noite inesquecível que tivemos. Sem dúvida ela foi a mulher com quem mais lutei para ficar e que mais valeu a pena ter ficado. Além do mais foi a mulher que tratei da melhor forma, pois sei da sua bipolaridade e sensibilidade a alguns assuntos. Ela se entregou pra mim de uma maneira que me fez sentir um homem sortudo. Ela não era só mais uma, e deitada ali em meu peito abraçada em minha cintura eu vi isso, ela era especial e única. Adormeci entre pensamentos e sentindo minha cabeça latejar um pouco pela bebida e pelos momentos, mas com Clara ali perto tudo isso não passava de nada. 

Clara On: 

Acordei com minha cabeça doendo muito. E estranhei estar deitada daquele jeito e abraçada a alguém. Abri meus olhos e dei de cara com Luan dormindo apenas de cueca e eu com a sua blusa e mais nada. Nossas roupas estavam espalhadas pelo quarto e isso me fez lembrar da noite que tivemos. Mas não me lembrava de muito, apenas que fomos no Casino, num bar e depois na balada, não me lembro como saímos dela e só me lembro depois de chegarmos no quarto e nos entregarmos um ao outro. O observei dormindo pro alguns minutos tentando juntar as peças perdidas mas seria impossível. Me levantei para ir no banheiro e quando voltei ele já estava acordando sorrindo assim que viu. 

Hey amores ! Gostaram? Nossa casal parece que entrou numa loucura e se casou em Vegas kkkkkk E depois Clarinha deu uma de mais safada que o Luan né? kkkk Eles passaram a noite juntos e parece que vem muita coisa a ser conversada agora! O que acham que vai acontecer? Alguém se esqueceu de algo? Ou lembram de tudo? Comentem bastante. Beijos <3